André Janones rebate ataques de bolsonaro

O deputado tem travado uma dura batalha para que o auxílio emergencial seja prorrogado, o que acabou irritando o presidente Bolsonaro

André Janones rebate ataques de Bolsonaro (Reprodução)

André Janones rebate ataques de Bolsonaro (Reprodução)

O deputado federal André Janones (Avante-MG), candidato à presidência da Câmara, usou as redes sociais para responder os ataques que sofreu do presidente Jair Bolsonaro na última quinta-feira (07/01).

O motivo pelo qual o presidente descarregou seu ódio em Janones, é simplismente pelo fato do parlamentar defender a prorrogação do auxílio emergencial até que os efeitos devastadores da pandemia da Covid-19 sejam superados.

Em suas redes sociais Janones escreveu:

“Na última quinta feira, o Presidente Jair Bolsonaro fez graves ataques contra minha pessoa, me chamando de idiota, sem conhecimento, entre outros!

Tudo porque eu, como parlamentar eleito para representar e defender os interesses do povo brasileiro, tenho defendido a prorrogação do auxílio emergencial, até que os efeitos nefastos da pandemia do corona vírus, tenham sido superado.

Mesmo antes de ser eleito, sempre deixei claro aos meus eleitores que atuaria no parlamento de forma independente, sempre em defesa do nosso povo, e que jamais me vincularia a qualquer governo ou partido político.

Segundo dados disponibilizados pela Câmara dos Deputados, até a presente data (11-01-2021), votei em 50 % das vezes favoravelmente às matérias enviadas pelo Governo, e contrariamente em outras 50 % das vezes.

A questão pra mim é bem simples de resolver: Não me dou ao trabalho de saber quem propôs a matéria, se o Presidente ou o PT. Se é bom para o povo eu voto favorável, se é ruim eu voto contra. Simples assim.

A minha luta pela prorrogação do auxílio emergencial (motivo da ira e do ódio destilado contra mim pelo Senhor Presidente), se dá devido ao meu compromisso maior em defesa dos menos favorecidos, pois o fim do auxílio deixara um rastro de desemparo e miséria já que, a partir deste mês, do total de inscritos no programa, 19 milhões passarão a contar apenas com o Bolsa-Família, enquanto 48,9 milhões, muitos deles informais, simplesmente não receberão nada!

Não vou responder com ódio nem com ataques pessoais. Primeiro porque, como disse no início do texto, não sou inimigo do presidente, segundo porque o discurso de ódio que hoje impera em nosso país, não nos trouxe nada de positivo, pelo contrário:

está levando todo mundo para o “buraco”, vide a informação divulgada hoje, de que a Ford encerrará as suas atividades no Brasil, dentre tantas outras notícias nada animadoras que temos acompanhado nos últimos meses.

Além disso, não cederei a armadilha da turma do “quanto pior melhor”, que apenas tentam me usar para atacar o governo, com o claro objetivo de atender os seus interesses pessoais e projetos de poder.”