Política — Uma operação da Polícia Federal realizada na manhã desta quinta-feira (19), esteve no gabinete do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), um dos líderes do governo Bolsonaro no Congresso. O filho do senador também foi alvo das investigações, o deputado Fernando Bezerra Filho (DEM-PE).
A operação autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barros, realizada nesta quinta-feira, atende a 52 mandados de busca e apreensão. A ação baseia-se em uma delação premiada do empresário alagoano João Lyra.
O empresário e ex-deputado João Lyra esta sendo acusado nas investigações por ser responsável pelo financiamento de esquemas criminosos no Estado de Pernambuco. Em meio as denúncias estão as irregularidades em obras como a transposição do Rio São Francisco. Na época, Bezerra atuava no então governo Dilma Rousseff (PT) como ministro da Integração Nacional.
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A aparição dos agentes federais no gabinete do senador nesta manhã serviu para coletar documentos e arquivos digitais que comprovassem o ligamento do senador com o caso. Além da Câmara dos Deputados, os policiais realizaram buscas em Recife e Petrolina, em Pernambuco, e em João Pessoa, no estado da Paraíba.
Por meio de uma nota o advogado do senador, André Callegari, se posicionou a respeito do caso afirmando que as medidas referem-se a “fatos pretéritos”. Para ele, a “atuação política e combativa do senado”, foi o que motivou a ação policial na manhã desta quinta-feira.
“Causa estranheza à defesa do senador Fernando Bezerra Coelho que medidas cautelares sejam decretadas em razão de fatos pretéritos que não guardam qualquer razão de contemporaneidade com o objeto da investigação. A única justificativa do pedido seria em razão da atuação política e combativa do senador contra determinados interesses dos órgãos de persecução penal“, finalizou a defesa do senador.
