“Ninguém ouviu os sinais”, diz Damares Alves sobre morte de criança em Maravilha

A vítima, Brenda Carollyne Pereira da Silva, de 5 anos, ainda teve a língua e os olhos arrancados pela mãe, que tem problemas psiquiátricos.

Ministra Damares Alves

Ministra Damares Alves

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, comentou em suas redes sociais sobre a morte da pequena Brenda Carollyne Pereira da Silva, de 5 anos, na cidade de Maravilha (AL). A criança ainda teve a língua e os olhos arrancados pela mãe, que tem problemas psiquiátricos.

Na publicação, Damares escreveu que antes do crime, houve negligência, inclusive do Estado. Também informou que uma equipe entrará em contato com a 2ª Delegacia Regional de Santana do Ipanema (2ª DRP), onde a acusada encontra-se presa, para buscar mais informações sobre o caso.

“Esta mulher deve ter trilhado um caminho até o assassinato. Não tenho ainda informações precisas sobre este caso, amanhã nossa equipe entrará em contato com a delegacia, mas a regra semorr segue um padrão, antes vem a negligência, depois os maus tratos, a tortura e segue…”, escreveu.

Ela colocou que mesmo com esses sinais, “neste caso, nos parece, que ninguém interrompeu o caminho e ninguém viu ou ouviu os sinais e os pedidos de socorro emitidos pela criança. É fato que muitas vezes as crianças nos pedem socorro por dias, meses e até anos”.

“[…] Só quero que a máquina e a política pública funcione de fato e estou trabalhando para isto. Eu não cheguei antes! O Poder Público não chegou antes da morte! A sociedade não chegou antes! A religião não chegou antes! Perdão, bebê, eu não cheguei primeiro!”, completou ela.

O crime aconteceu na tarde do último domingo (24), no Povoado São Cristóvão, na zona rural do município, e foi divulgado pela Polícia Civil nesta segunda-feira (25). A Corporação foi acionada após o pai da genitora ter encontrado ela e a neta trancadas no banheiro.

Ao chegar no imóvel, Josimare Gomes, de 30 anos, estava no chão, rezando o terço ao lado do corpo da filha já sem vida, com os olhos e parte da língua arrancados. Uma tesoura que teria sido utilizada para cortar os órgãos da criança foi encontrada ao lado da acusada.