Política — O ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio (PSL), foi indiciado na manhã desta sexta-feira (4) pela Polícia Federal. Além dele, mais 10 pessoas estão sendo acusadas por omissão de contas nas eleições passadas e associação ao crime. As investigações na qual Antônio está envolvido apontam que ele chefiava um esquema que desviava recursos públicos ao incluir mulheres como laranjas nas eleições de 2018.
O ministro que também foi presidente do diretório mineiro do (PSL), partido que tem o presidente Jair Bolsonaro como líder, até o momento não se pronunciou a respeito das denúncias mesmo após ter sido procurado pela assessoria de imprensa do Ministério do Turismo.
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A Polícia Federal deve encaminhar um relatório com especificações das investigações concluídas para que o Ministério Público Federal (MPF) venha avaliar as denuncias ou arquivar o caso, entendendo que não existe nas apurações elementos o suficiente para o condená-lo. O MPF pode ainda exigir novas investigações.
O Partido Social Liberal (PSL), teve nas últimas eleições o candidato a presidente Jair Bolsonaro, com discursos pesados sobre o combate a corrupção. Até então, ele próprio vem passando por um vendaval comprometedor, uma vez que, antes destas acusações houve o vazamento das mensagens interceptadas irregularmente que envolveu o ministro da Segurança Pública Sérgio Moro e o procurador geral da força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba Deltan Dallagnol.
Ainda com os relatos das novas acusações envolvendo o ministro do Turismo, Bolsonaro tem resistido a demissão de Antônio, e já disse que tem de ter “acusação pesada” para demiti-lo do cargo. Segundo informações da pasta de agendamento oficial de Bolsonaro, nessa quinta-feira (3) ele se reuniu com Marcelo Álvaro Antônio, no Palácio do Planalto.