
Nesta semana, a Procuradoria Geral da República (PGR) teve acesso aos novos e-mails que mostram “atuação concertada” de Renan e de Romero Jucá (MDB) para beneficiar a Odebrecht. Os novos documentos foram incluídos no inquérito aberto em abril do ano passado, que investiga o senador Renan Calheiros (MDB-AL), e o filho dele, o governador Renan Filho, por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
O governador de Alagoas, por sua vez, nega desde o início das investigações qualquer envolvimento na atuação para beneficiar a Odebrecht. No entanto, os delatores afirmam que a empreiteira realizou doações oficiais para a campanha de Renan Filho após uma conversa com o senador para uma atuação favorável aos interesses da empresa no Senado.
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Em um dos e-mails entregues à PGR, em abril e setembro deste ano, Cláudio Melo Filho relata a Marcelo e a Carlos Fadigas (então presidente da Braskem, do grupo Odebrecht) uma reunião com o parlamentar em que uma primeira tentativa de prorrogação dos contratos foi acordada.
De acordo com o conteúdo do e-mail, de 11 de dezembro de 2012, Renan Calheiros teria incluído uma emenda de relator, além de também ter permitido que a Chesf fosse beneficiada até 2015. Ainda segundo o conteúdo, o parlamentar tentaria ainda incluir possibilidades de renovação nas mesmas bases.
Outros e-mails também foram incluídos no inquérito, que para a PGR, esses dados estão sendo unidos e “reforçam o os indícios de que a atuação do Senador se deu durante todo o processo, passando pela MP 656 e a tentativa de derrubada do veto presidencial”.
A procuradora-geral, Raquel Dodge, pediu uma prorrogação do inquérito por mais 60 dias. O intuito é que Marcelo Odebrecht busque e analise outros e-mails sobre o assunto, além da Braskem encaminhar informações e e-mails sobre o tema.