
O Senado rejeitou por uma estreita margem de 38 votos a 35 o nome de Igor Roberto Albuquerque para o cargo de defensor público-geral federal, lançando uma sombra de incerteza sobre as futuras indicações do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flavio Dino.
Contudo, aliados do ministro estão minimizando a derrota e destacando a força política de Dino, bem como a insatisfação do Senado com o governo.
A derrota no Senado, na opinião de alguns observadores políticos, reflete a insatisfação de alguns senadores com o governo, além de um aparente “ciúme” da Câmara dos Deputados, que conquistou a presidência da Caixa Econômica Federal com Carlos Antônio Vieira Fernandes.
Dessa forma, a votação pode ter sido mais um reflexo das dinâmicas políticas internas do Congresso do que uma rejeição direta a Flavio Dino.
Entretanto, para alguns observadores da cena política em Brasília, os senadores podem estar enviando um recado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Eles indicam que, se Lula insistir na indicação de Flavio Dino para o STF, a “conta” política pode ficar “salgada” para o governo, demandando contrapartidas, como indicações em estatais e outros postos na administração pública.