CPMI do Crime Organizado: Moro pede investigação da política de segurança do governo

O senador frisou a necessidade de a comissão investigar a política de segurança do Governo Federal em relação ao crime organizado.

Sérgio Moro | © Jefferson Rudy/Agência Senado

Sérgio Moro | © Jefferson Rudy/Agência Senado

Deputados e senadores começaram uma força-tarefa nesta quarta-feira (29/3), para coletar assinaturas para protocolar a CPMI do Crime Organizado, que tem como objetivo investigar facções criminosas e o crime organizado no Brasil.

A comissão foi proposta em decorrência da onda de ataques no Estado do Rio Grande do Norte e dos planos de homicídios e extorsão mediante sequestro de diversas autoridades públicas, incluindo o senador Sérgio Moro (União Brasil), descobertos pela Polícia Federal.

Durante o lançamento, o ex-juiz da Lava Jato destacou a importância da CPMI para esclarecer os fatos e verificar se o ressurgimento do crime organizado está relacionado a uma escalada da atuação dessas organizações. Além disso, Moro frisou a necessidade de a comissão investigar a política de segurança do Governo Federal em relação ao crime organizado.

O deputado coronel Meira (PL), um dos autores do requerimento, reforçou a preocupação do Congresso Nacional com a segurança da população brasileira e citou os episódios recentes de fechamento no Ceará e a situação de Porto de Galinhas, em Pernambuco. Segundo ele, a CPMI precisa investigar quem protege o crime organizado no país.

Para protocolar a CPMI, são necessárias assinaturas de um terço das duas Casas do Congresso, ou seja, 171 deputados e 27 senadores. O objetivo dos parlamentares é reunir as assinaturas antes da sessão do Congresso, que está prevista para ocorrer entre os dias 11 e 14 de abril.

A comissão visa apurar os acontecimentos recentes envolvendo organizações criminosas, suas estruturas e funcionamento, além de investigar a relação dessas facções com a ampliação dos índices de homicídios no país.