
Brunno Lopes, Elton Costa (conhecido como Caju), Nenzinha e Zé Alfredo, foram absolvidos pela Justiça em um processo movido por Sophia Parmatiny, mulher trans que alegou ter sido vítima de ataques transfóbicos nas redes sociais. A decisão foi proferida pelo juiz da Segunda Vara da Comarca de Coruripe, no litoral sul de Alagoas, que julgou improcedente o pedido de indenização por danos morais.
A ação teve origem em um episódio ocorrido durante um desfile carnavalesco em União dos Palmares, onde Sophia participou vestindo trajes mínimos. O evento, realizado em frente à sede da prefeitura, recebeu apoio financeiro do município e gerou ampla repercussão. Em meio à polêmica, os quatro acusados divulgaram vídeos nas redes sociais criticando a participação de Sophia, o que, segundo a denunciante, configuraria discurso de ódio e incitação à transfobia.
Entretanto, ao analisar o caso, o magistrado entendeu que não houve comprovação de dano moral à imagem da autora da ação. “Ante o exposto, rejeito as preliminares arguidas pelos réus e, no mérito, julgo improcedentes os pedidos formulados na petição inicial”, determinou o juiz em sua decisão. Dessa forma, o pedido de indenização no valor de R$ 50 mil foi negado, e os réus não terão que arcar com qualquer pagamento à denunciante.
A sentença foi contestada por Sophia Parmatiny, que recorreu da decisão. O recurso aguarda a designação de um relator no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), onde o caso poderá ter um novo desfecho caso a Corte entenda pela revisão do julgamento de primeira instância.