O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), reuniu-se nesta terça-feira (1/8) com líderes partidários que defendem o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para derrubar as restrições de armas editadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Caso o PDL seja aprovado, as diretrizes do governo Jair Bolsonaro (PL) em relação ao porte e posse de armas podem ser restabelecidas.
Além da questão das armas, outra pauta que pode gerar pressão por parte de Lira é o arcabouço fiscal, que já foi modificado no Senado e precisa ser aprovado novamente pela Câmara dos Deputados. Após o recesso parlamentar, o presidente da Câmara cobra Lula por cargos para mais partidos, enquanto o governo adia decisões sobre a aguardada reforma ministerial.
Em suas redes sociais, Arthur Lira declarou: “A escolha de ministros para a formação de um ministério é prerrogativa exclusiva do presidente da República. Cabe a ele estabelecer um diálogo republicano com as direções e os líderes partidários. Continuo trabalhando junto a eles para fazer a composição adequada para o governo obter a necessária sustentação política no Congresso Nacional, conforme diálogo mantido com o presidente da República, após a votação da reforma tributária. À presidência da Câmara dos Deputados cabe, prioritariamente, manter a relação institucional com a Presidência da República para buscar a aprovação de matérias de interesse do país.”
Enquanto isso, o Planalto trabalha com a possibilidade de adiar a reforma ministerial, devido aos sinais positivos na economia. Oficialmente, ministros do núcleo político do governo devem seguir prometendo cargos nas próximas semanas, a fim de obter a aprovação do arcabouço fiscal.
Na semana anterior, Arthur Lira já havia mencionado a existência de “atropelos” na condução das discussões sobre a reforma na Esplanada dos Ministérios.
A denúncia, feita durante uma entrevista e divulgada em vídeo nas redes sociais, aponta uma suposta “falcatrua” no uso de quase R$ 400 mil do fundo eleitoral em 2024.