O deputado federal Arthur Lira (PP) articulou medidas que adiaram o anúncio do presidente eleito Lula (PT), que nomearia Nísia Trindade Lima, presidente da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), ministra da Saúde em seu governo.
Segundo o colunista do UOL, Tales Farias, a suspensão do anúncio de Nísia como ministra da Saúde teria ocorrido por interferências do presidente da Câmara dos Deputados.
De acordo com o colunista, a intervenção aconteceu devido a Lira ter sido informado de que o seu principal oponente em Alagoas, o senador Renan Calheiros (MDB), assumiria o Ministério da Integração.
Segundo a informação, o deputado teria oferecido cerca de 150 votos para a aprovação do texto da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Transição, com integrantes do PP, União Brasil, PSDB, Cidadania, entre outras legendas, em troca do Ministério da Saúde.
Com os votos dos deputados indicados por Lira, somados aos do MDB e outras legendas, o partido do presidente Lula teria votos suficientes para a aprovação da PEC na Câmara.