Alfredo Gaspar critica decisão do partido de retirá-lo da CPI do MST: “O PT talvez consiga sepultar a CPI”

A movimentação que acontece nos bastidores é para que haja uma troca de nomes mais radicais ligados ao bolsonarismo por nomes moderados, e ligados ao centro.

Alfredo Gaspar, deputado federal | Foto: Reprodução

Alfredo Gaspar, deputado federal | Foto: Reprodução

O deputado federal Alfredo Gaspar (União) utilizou suas redes sociais, nesta quinta-feira (10/8), para criticar a decisão do partido de retirá-lo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento Sem Terra (MST).

“Desesperado, o Planalto conseguiu o afastamento de deputados mais incômodos na CPI do MST. A independência e altivez fazem parte da minha personalidade, pressão comigo não funciona”, publicou ele.

Gaspar acredita que sua saída faz parte de uma movimentação para acabar com a CPI e faz acusações. “O PT talvez consiga sepultar a CPI, mas o fedor da corrupção provenientes dos crimes praticados pelo MST e políticos oportunista continuará se espalhando”.

A fala mais agressiva do deputado não começou após a saída, na última quarta-feira (9/8). Anteriormente, o parlamentar alagoano se envolveu em uma discussão com uma conhecida liderança dos Sem Terra, José Rainha Júnior, conhecido como Zé Rainha.

Segundo informações, a movimentação que acontece nos bastidores é para que haja uma troca de nomes mais radicais ligados ao bolsonarismo por nomes moderados, e ligados ao centro.

Desde o início do ano, o União Brasil negocia a ida para a base do governo federal. Já ocupa alguns ministérios, mas seus parlamentares têm ficado contra algumas pautas do governo. Alfredo se posiciona publicamente como oposição ao presidente Lula (PT).

A CPI do MST foi instalada em fevereiro deste ano para investigar possíveis irregularidades no movimento. A CPI já ouviu diversos depoentes, incluindo líderes do MST, políticos e empresários. Ainda não há previsão para a conclusão dos trabalhos da CPI.