Acusadas de fraudar a cota de gênero em União não receberam o próprio voto

O caso segue em julgamento no TSE e até o momento ja recebeu 3 votos favoráveis a condenação.

Ana Claudia e Ewelli - @Reprodução

Ana Claudia e Ewelli - @Reprodução

As discussões em torno da possível cassação de três vereadores de União dos Palmares – Sandro Jorge, Jailson Vicente e Almir Belo – por suposta fraude à cota de gênero, levantam questões sobre como esse crime teria ocorrido e quem foram as candidatas usadas para fraudar uma das mais rígidas regras eleitorais.

De acordo com o Ministério Público Eleitoral, as candidatas usadas pelo diretório municipal do MDB para fraudar a cota de gênero em 2020, são Ana Cláudia Ferreira da Silva e Ewelly Rubyllene Gomes da Silva Alves. Ambas receberam 4 e 5 votos respectivamente.

O MPE também constatou que elas não receberam nenhum voto em suas respectivas seções eleitorais, o que confirma que nem elas mesmas votaram nelas, um forte indício de fraude eleitoral. Também foi constatado que não houve qualquer movimentação financeira em suas contas de campanha.

Todo esse conjunto probatório foi usado para confirmar que elas foram incluídas na chapa apenas para cumprir a porcentagem de 30% que obrigatoriamente devem ser destinados a candidaturas femininas, restando assim confirmada a fraude à cota de gênero.

O caso segue em julgamento no TSE e até o momento ja recebeu 3 votos favoráveis a condenação.