
A Polícia Civil de Alagoas revelou neste domingo (17), em reportagem do Fantástico, os detalhes de uma investigação que desvendou os crimes de Albino Santos de Lima, de 42 anos, apontado como o maior serial killer da história do estado. Ex-segurança do sistema prisional e filho de um policial militar aposentado, Albino é suspeito de matar ao menos dez pessoas e teria monitorado suas vítimas pelas redes sociais.
O caso veio à tona com o assassinato de Ana Beatriz, de 13 anos, em Maceió. A adolescente foi abordada e morta a tiros enquanto passeava pelo bairro com a irmã e amigas. “Quando soube da notícia, foi como se arrancassem um pedaço do meu coração”, lamentou a mãe, Helyzabethe Santos.
Albino usava roupas pretas e boné para esconder o rosto durante os crimes, segundo a polícia. Ele foi preso no dia 17 de setembro após a divulgação de imagens de câmeras de segurança que ajudaram na sua identificação. Na casa do pai, onde morava, a polícia encontrou uma pistola 380, usada nos assassinatos, conforme análises balísticas.
Investigações apontaram que Albino mantinha pastas no celular com fotos de vítimas, registrava datas dos crimes em calendários e visitava cemitérios para fotografar as lápides. Ele confessou oito dos dez assassinatos atribuídos a ele, mas alegou que as vítimas faziam parte de facções criminosas. A polícia refutou, informando que nenhuma das vítimas tinha envolvimento com o crime organizado.
Entre as vítimas confirmadas estão sete mulheres e três homens, com perfis semelhantes, incluindo jovens morenas de cabelo cacheado. A polícia reabriu investigações de homicídios entre 2019 e 2020 para identificar mais possíveis crimes de Albino.