
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (18) a Operação Geração Espontânea, visando combater fraudes na concessão de pensões por morte no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Ao todo, foram cumpridos 14 mandados judiciais de busca e apreensão em várias cidades do estado: nove em União dos Palmares, três em São José da Laje, um em Murici e um em Maceió. Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Federal de Alagoas.
Segundo as investigações, um servidor do INSS estaria envolvido na seleção de cadastros de segurados falecidos do Regime Geral de Previdência Social para instituir pensões fraudulentas. O grupo criminoso recrutava pessoas, geralmente mulheres, para se passarem por mães de crianças fictícias. Essas crianças eram registradas com documentos de nascimento falsos e listadas como dependentes dos segurados falecidos, permitindo a concessão dos benefícios.

documentos – @Reprodução
Foram identificadas 119 pensões por morte com indícios de irregularidades, das quais 75 foram cessadas durante as investigações para conter o prejuízo ao erário. Todos os benefícios suspeitos serão revisados pelo INSS. O prejuízo causado pelas fraudes é estimado em R$ 12.926.052,81, mas a suspensão dos benefícios pode gerar uma economia de R$ 10.253.622,08 em pagamentos futuros.
As fraudes começaram a ser descobertas em 2022, com a ajuda da Seção de Análise de Dados de Inteligência Policial. Cerca de 60 policiais federais e três servidores da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária (CGINP) participaram da operação. Os crimes investigados incluem estelionato qualificado, peculato e lavagem de dinheiro, entre outros.
O nome da operação, Geração Espontânea, faz alusão à ideia de que formas de vida surgiriam espontaneamente de matéria inanimada, uma analogia às crianças fictícias criadas a partir de registros de nascimento fraudulentos.
Com informações da Ascom PF.