“Patrick Abraão mentiu para esta CPI”, diz relatório final da CPI das pirâmides financeiras

As investigações da CPI também apontaram Patrick Abrahão como o principal responsável por atrair investidores no Brasil, além de manter conexões em Portugal

Patrick Abraão durante reunião da Trusting

Patrick Abraão durante reunião da Trusting

O relatório apresentado à CPI revelou detalhes sobre o envolvimento de Patrick Abrahão na TRUST INVESTING. Ele foi identificado como um membro e operador financeiro chave da organização, com a responsabilidade de angariar clientes para a empresa e receber uma porcentagem dos fundos investidos por esses clientes.

Além disso, o relatório destaque que Patrick estava diretamente ligado aos sócios da TRUST e admitiu ter participado de um encontro com Diego Chaves, um dos investigados pela CPI e sócio da empresa, em julho de 2019.

No entanto, o que aumentou a gravidade da situação foi a alegação de que Patrick Abrahão teria mentido em seu depoimento à CPI.

De acordo com a Polícia Federal, vídeos foram apresentados à comissão, demonstrando que Abrahão não apenas representava ativamente a TRUST, mas também participava de transações financeiras em nome da empresa, incluindo a entrega de US$ 50.000,00 em esmeraldas a um investidor.

Segundo o relatório final da CPI, ele foi visto em um vídeo, ao lado de Diego Chaves e Luis Henrique Sobral, promovendo o negócio de pedras preciosas, destacando que este era exclusivo para investidores com recursos financeiros substanciais.

 


As investigações da CPI também apontaram Patrick Abrahão como o principal responsável por atrair investidores no Brasil, além de manter conexões em Portugal e liderar outros “team leaders”. Ele era conhecido como o “number one” da TRUST INVESTING, o que destaca sua influência dentro da organização.

Outro ponto relevante foi a criação da empresa ACTYON CRYPTO NEGOCIOS DIGITAIS por Patrick Abrahão, que, segundo seu próprio depoimento à Polícia Federal, estava relacionada à continuação do esquema da pirâmide financeira. Ele afirmou que seu patrimônio advinha principalmente dos ganhos obtidos com a TRUST INVESTING.

O delegado da Polícia Federal, Marcelo Mascarenhas, afirmou em uma entrevista ao programa Fantástico que “A atuação do Patrick era direta, ele recebia dinheiro em conta pessoalmente dos investidores. A Polícia Federal não tem outro entendimento senão a de que Patrick desempenhava um papel integral, pois ele foi denunciado, e também existem outras provas, como quebra de sigilo bancário e fiscal em cima dele.”

Clique aqui e acesse o relatório na íntegra.