Operação prende policiais suspeitos de vender toneladas de drogas ao Comando Vermelho

As investigações revelaram que o grupo estava envolvido na venda de 16 toneladas de maconha para o Comando Vermelho.

Operação resultou na prisão de cinco pessoas | © Reprodução

Operação resultou na prisão de cinco pessoas | © Reprodução

Nesta quinta-feira (19), a Polícia Federal (PF) em conjunto com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) realizou a Operação Drake, resultando na prisão de quatro ex-policiais civis da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) e um advogado.

As investigações revelaram que o grupo estava envolvido na venda de 16 toneladas de maconha para o Comando Vermelho, a maior facção criminosa do estado. Além disso, eles foram responsáveis por escoltar a carga ilícita até uma favela controlada pelos traficantes.

Os mandados de prisão foram emitidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Resende e resultaram na detenção dos seguintes indivíduos:

  1. Alexandre Barbosa da Costa Amazonas: ex-agente da DRFC;
  2. Eduardo Macedo de Carvalho: ex-agente da DRFC;
  3. Juan Felipe Alves da Silva: ex-chefe do setor de investigações da DRFC;
  4. Leonardo Sylvestre da Cruz Galvão: advogado;
  5. Renan Macedo Guimarães: ex-agente da DRFC.

Esses ex-policiais foram transferidos para diferentes unidades após sua saída da DRFC em setembro deste ano, coincidindo com a mudança na chefia da delegacia.

Segundo as autoridades, em agosto deste ano, duas viaturas da DRFC interceptaram um caminhão na divisa entre São Paulo e Rio de Janeiro, veículo que já estava sob monitoramento da PF. O caminhão transportava 16 toneladas de maconha. Após escoltarem o veículo até a Cidade da Polícia Civil, os policiais, em conluio com o advogado, negociaram a liberação da carga e a soltura do motorista mediante o pagamento de propina.

A PF revelou que três viaturas da DRFC escoltaram o caminhão até os acessos de Manguinhos, onde a carga de maconha foi descarregada pelos criminosos. A operação recebeu o nome de “Drake” em referência ao pirata e corsário inglês Francis Drake, que saqueava caravelas transportando bens roubados e acreditava estar isento de culpa devido à origem ilícita dos itens.

Até o momento desta publicação, a Polícia Civil não se pronunciou sobre as prisões.