Mulher é assassinada a tiros em São José da Tapera; marido é o principal suspeito

Ainda não há informações sobre as motivações específicas por trás do crime.

Vítima gravou vídeo falando sobre o caso antes de ser assassinada | Foto: Reprodução

Vítima gravou vídeo falando sobre o caso antes de ser assassinada | Foto: Reprodução

Uma mulher de 26 anos identificada como Mônica Cristina Gomes Cavalcante foi morta a tiros na Rua 13 de Maio, no município de São José da Tapera, interior do estado, na madrugada deste domingo (18/6). O principal suspeito do crime é o marido da vítima, que está sendo procurado pela Polícia Civil.

Segundo informações do delegado plantonista Diego Nunes, as investigações preliminares indicam que Mônica e seu marido estavam em uma festa quando tiveram uma discussão que culminou no assassinato. Ainda não há informações sobre as motivações específicas por trás do crime.

Antes de ser morta, a vítima gravou vídeos em que fazia um pedido de ajuda para quem encontrasse seu celular. Em meio à angústia e ao choro, Mônica afirmou: “Me defendam. Quem achar esse celular, saiba que eu estava apenas tentando me defender e me esconder dele”. Ela também relatou que o relacionamento era extremamente abusivo, com agressões físicas e psicológicas frequentes.

Mônica apontou uma brincadeira feita por seu pai durante a festa como possível motivo para o descontrole do marido: “A gente estava em uma festa e meu pai fez uma brincadeira boba que ele infelizmente não gostou, mas por conta do álcool ele se alterou”. A vítima deixou claro que, caso algo lhe acontecesse, responsabilizava o marido pelo crime.

Em uma mensagem direcionada a outras mulheres que possam estar passando por situações semelhantes, Mônica enfatizou a importância de não aceitar relacionamentos abusivos. Ela encorajou as vítimas a buscarem felicidade e paz, destacando que a culpa não é delas. Mônica expressou sua consciência de ter sido uma boa esposa e afirmou que fez tudo o que estava ao seu alcance.

O corpo de Mônica foi encontrado pela Polícia Militar por volta das 4h25 da manhã, durante o policiamento nos festejos juninos na praça de eventos da cidade. Os militares foram alertados sobre o crime por uma pessoa desconhecida. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, e apenas contatou o óbito.

O Instituto Médico Legal (IML) e o Instituto de Criminalística (IC) foram acionados para realizar os procedimentos necessários e a remoção do corpo da vítima.