Policial

Empresa por trás do concurso da PM/AL já esteve envolvida na “Máfia dos Concursos”

Em 2017, a Cebraspe precisou demitir 33 funcionários acusados de participação em esquema de fraude.

Publicado: | Atualizado em 15/09/2021 17:43


Funcionário da Cebraspe preso - @internet
Funcionário da Cebraspe preso - @internet

O Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), empresa que organizou o concurso da Polícia Militar de Alagoas, cujo resultado foi divulgado na última semana sob suspeita de fraude, já teve o seu nome envolvido em um esquema que ficou conhecido como a “Máfia dos Concursos”.

Em novembro de 2017, após uma longa investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), a Cebraspe demitiu 33 funcionários acusados de participação em fraudes. Os funcionários faziam parte da equipe responsável pela organização e digitalização das provas. Pelo menos um funcionário foi preso naquele ano.

A empresa figura em mais de 1 mil processos em todo o país, e até esta quarta-feira (15/09), ela já aparece em 54 processos em Alagoas, que foram protocolados entre 2017 e 2021, com origem nas cidades de Penedo, Palmeira dos Índios, Arapiraca e Maceió.

A nova polêmica em que o nome da Cebraspe está envolvido em Alagoas, está ligada a acusação de uma suposta fraude na prova do Concurso da PM. Um grupo de concurseiros já entrou com uma ação popular junto ao Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) pedindo uma indenização na ordem de R$ 3 milhões, além da suspensão da prova.

+ Quem são os candidatos de União dos Palmares acusados de fraude no concurso da PM

Por meio de nota, a Cebraspe disse que não há necessidade de suspensão do certame, e que é possível identificar os indivíduos que se utilizaram de fraude para a aprovação na prova.

“O Cebraspe informa que os procedimentos de segurança do Centro não se limitam ao momento de aplicação das provas e abrangem todas as etapas do certame. Assim, é possível a identificação e a eliminação de pessoas que possam ter se utilizado de meios ilegais mesmo após a aplicação das provas. Informa, ainda, que, conforme o edital do certame da Polícia Militar do Estado de Alagoas (PMAL), se, a qualquer tempo, for constatado, por meio eletrônico, estatístico, visual, grafológico ou por investigação policial, que o candidato se utilizou de processo ilícito, suas provas serão anuladas e ele será eliminado do concurso público. Por oportuno, esclarece-se que o Centro já se colocou à disposição da polícia e é o maior interessado em esclarecer os fatos”, diz a nota.

Assuntos

AlagoasCebraspe

Comentários


    Entre para nossos grupos

    Telegram
    Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
    WhatsApp
    Entre e receba as notícias do dia
    Entrar no Grupo


 
 
 
Especiais

Especial
Livro ensina técnica de leitura usada por Sherlock Holmes para expandir a memória

Aprenda a Melhorar sua Memória, Lendo até 10 Vezes Mais Rápido e Retendo Até 100% do Conteúdo


veja também

Empresário acusado de chacina - @Reprodução
Policial
Bolsonarista, Cac e antipetista: Conheça o autor de chacina em Arapiraca

Além de responder por ocultação de cadáveres, Giba enfrenta acusações de crime ambiental e posse ilegal de arma de fogo.


Chacina - @Reprodução
Policial
Chacina em Arapiraca: Empresário matou 4 e jogou corpos em cacimba

A Polícia segue na busca de dois suspeitos foragidos, supostamente envolvidos no crime, sendo um deles sobrinho do empresário preso.


Operação policial na manhã desta sexta, 19. Os alunos são suspeitos de manipular imagens de jovens. Foto: Divulgação
Policial
Operação policial em Maceió mira estudantes por uso de deepfakes em conteúdo pornográfico

Os estudantes, que frequentam instituições de ensino renomadas, são suspeitos de utilizar inteligência artificial para sobrepor rostos em imagens de jovens.


Criança com 19 mordidas - @Reprodução
Policial
Professoras de escola onde criança foi mordida 19 vezes são indiciadas

Exames de corpo de delito confirmaram a gravidade das agressões sofridas pela criança, trazendo consequências não só físicas, mas também traumas emocionais.


Rutiele Pereira - @Reprodução
Brasil
Por fofoca, mulher que esquartejou ex é morta na prisão com um soco

Segundo as detentas, a confusão começou depois da refeição e da oração, quando Jessica Vieira de Lima acusou Rutiele de falar mau de outras colegas de cela.