
Na última quarta-feira (25), uma audiência de conciliação no Juizado Especial Criminal e do Torcedor da Capital, em Maceió, terminou em confusão envolvendo o advogado Dr. João Neto. Acusado de agredir outro advogado durante a sessão, Dr. João Neto afirmou, por meio de suas redes sociais, que agiu em legítima defesa.
Segundo relatos, a audiência, que tratava de questões condominiais, encaminhava-se para um acordo quando o incidente ocorreu. O advogado que registrou a denúncia alega que Dr. João Neto tentou impedir a conciliação e o agrediu com socos. Além disso, afirma ter sido ameaçado, com Dr. João Neto supostamente dizendo que “iria pegá-lo lá fora” e que “estava armado”.
Em resposta às acusações, Dr. João Neto publicou um vídeo nas redes sociais dando sua versão dos fatos.
“Eu fui hoje acompanhar a minha cliente, que foi vítima de uma ameaça. Chegando lá, cumprimentei o colega advogado. O que ocorreu? O advogado da outra parte começou a se exaltar, começou a me gritar”, declarou.
Ele acrescentou que foi empurrado antes de reagir: “Enquanto estiver me xingando e me gritando, eu respeito e aceito. Só não aceito que me toque, que me empurre, que me bata. E eu acabei, sim, agindo em legítima defesa”.
Após o ocorrido, o advogado que se diz agredido foi escoltado por policiais da Operação Policial Litorânea Integrada (Oplit) e registrou um boletim de ocorrência contra Dr. João Neto, além de realizar um exame de corpo de delito.
A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Alagoas (OAB/AL), emitiu uma nota informando que está acompanhando o caso de perto. A entidade afirmou que enviará ofícios à Polícia Federal e ao Conselho de Segurança, considerando as alegações de ameaças e o fato de Dr. João Neto possuir porte de arma de fogo. “De imediato, a OAB/AL entrou em contato com o advogado agredido, solicitando apoio policial no local, e vai enviar ofício à Polícia Federal e ao Conselho de Segurança”, diz a nota.
Até o momento, não há informações sobre possíveis medidas disciplinares por parte da OAB/AL contra Dr. João Neto. O inquérito policial seguirá para apurar os fatos e determinar eventuais responsabilidades.