Denúncias contra o delegado Da Cunha muda rotina de policiais youtubers

Policiais que costumam gravar sua rotina de trabalho têm se preocupado com o conteúdo que compartilham.

Delegado Da Cunha

Delegado Da Cunha

A exposição de supostos crimes atribuídos ao delegado Carlos Alberto da Cunha, que vem sendo feita quase que diariamente pela Folha de São Paulo, tem assustado os policiais youtubers que compartilham seu dia a dia nas redes sociais.

Esses policiais gravam ações em que eles abordam suspeitos nas ruas, filmam perseguições e muitas vezes falam sobre armas ou equipamentos usados em sua rotina. Esse tipo de canal costuma atrair uma audiência considerável, tanto é que existem programas de TV que mostram apenas esse tipo de conteúdo.

No entanto, com as acusações contra Da Cunha, policiais youtubers começam a repensar sobre os tipos de vídeo que podem vir a prejudicá-los no futuro, o que vai ou não ao ar, como e o que falar na frente das câmeras, e qual o limite que divide a ação policial da atuação para o canal.

Exemplos de “exagero” de policiais influencers foram vistos no caso da caçada a Lázaro Barbosa, onde eles aproveitaram todo a repercussão do caso da busca do criminoso, para gravarem vídeos para o Tik Tok, muitas vezes se arriscando no mato ao se preocuparem mais com a câmera do que com a procura.

A expectativa é de que, até o ano que vem, a Câmara passe a discutir se é constitucional a filmagem particular por parte de policiais durante as ações, em uma tentativa de evitar excessos, como os denunciados contra o delegado Da Cunha.