Um empresário do ramo de esculturas foi preso em Arapiraca, acusado de quatro homicídios e de ocultar os corpos das vítimas em uma cacimba localizada em uma propriedade rural. O suspeito, conhecido como Giba, possuía um histórico como colecionador, atirador esportivo e caçador (CAC) e manifestava apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, especialmente pelas políticas de facilitação do acesso a armas.
Giba, natural de Sergipe e residente há algum tempo em Arapiraca, foi detido na sexta-feira em sua propriedade no sítio Laranjal. No local, a polícia encontrou um arsenal com pelo menos dez armas, além de uma píton mantida em cativeiro no banheiro da residência. O imóvel servia também para a criação de outros animais e para a produção de suas obras de arte em escultura, que eram comercializadas na região do Agreste e cidades vizinhas.
Durante a operação policial, foram apreendidos documentos de CAC que serão analisados para confirmar sua autenticidade. As investigações revelaram que Giba contou com a ajuda de um sobrinho e de um terceiro cúmplice, ambos atualmente procurados pela polícia.
Além de responder por ocultação de cadáveres, Giba enfrenta acusações de crime ambiental e posse ilegal de arma de fogo. Os homicídios envolvem duas vítimas jovens, Lucas da Silva Santos, de 15 anos, e uma mulher de 20 anos identificada como Letícia da Silva, além de um adolescente de 16 anos e outra jovem de 20 anos.