Servidores são presos por esquema que desviou mais de R$ 9 milhões da Previdência

Um servidor da APS de Marechal Deodoro foi preso preventivamente e outros três funcionários, lotados em uma Agência de Maceió, foram afastados

Material apreendido durante operação da PF — © Ascom/PF

Material apreendido durante operação da PF — © Ascom/PF

Polícia — A Polícia Federal deflagrou, nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (12), a ‘Operação Marechal’, com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em fraudes à Previdência Social. Foram cumpridos 34 mandados de prisão e de busca e apreensão em Maceió e Marechal Deodoro.

De acordo com a PF, o grupo já vem atuando no Estado há vários anos, sendo que um dos envolvidos já tinha sido preso na Operação CID-F – numa alusão à Classificação Internacional de Doenças, em 2011. Esse suspeito foi condenado à época, mas não chegou a cumprir pena em regime fechado.

A organização criminosa teria desviado mais de R$ 9 milhões da Previdência Social, segundo o INSS. Durante a ação, foram apreendidos nos endereços vistoriados cartões de benefício, identidades, fotos 3X4 de diversas pessoas, além de joias e celulares de alto padrão.

Um servidor da Agência da Previdência Social (APS) de Marechal Deodoro foi preso preventivamente e outros três funcionários, lotados em uma Agência de Maceió – onde as fraudes também era aplicadas, foram afastados dos cargos pela Justiça.

A polícia levantou que a quadrilha especializou-se, mediante a falsificação de documentos e suborno de servidores públicos, na obtenção de “LOAS” idoso (amparo assistencial ao idoso) e pensão por morte. Neste último caso, certidões de óbito eram adulteradas, modificando a data da morte do instituidor.

Os presos responderão pelos crimes de estelionato, petrechos de falsificação, falsidade ideológica, uso de documento falso, inserção de dados falsos em sistema de informações, corrupção passiva e corrupção ativa, todos do Código Penal, além do delito de Organização Criminosa, previsto na Lei nº 12.850/2013.