‘Seguro-Mamata’: Operação da PF em AL apreende mala com cerca de R$ 500 mil

Mala estava com servidora pública no município de Arapiraca; ela não foi presa pelos agentes.

Viatura da Polícia Federal foi vista em União dos Palmares — © BR104

Viatura da Polícia Federal foi vista em União dos Palmares — © BR104

Policiais federais apreenderam uma mala com aproximadamente R$ 500 mil durante a “Operação Seguro-Mamata”, desencadeada na manhã desta quarta-feira (14/10), em Alagoas e mais três estados, cujo objetivo é desarticular uma organização criminosa que atua em fraudes ao Seguro-Desemprego.

De acordo com o delegado Leopoldo Lacerda, da Polícia Federal (PF), a mala continha diversas notas de R$ 50 e R$ 100 e estava em posse de uma servidora pública no município de Arapiraca. Porém, apesar de ter sido flagrada com a bagagem, a mulher não foi presa pelos agentes.

Na manhã de hoje, em União dos Palmares, uma viatura da PF foi vista circulando por ruas do Centro da cidade. No entanto, a assessoria de comunicação da PF informou que ninguém foi preso. A única prisão no estado aconteceu no município de Boca da Mata, e o detido atuava como empresário.

Ao todo, onze municípios alagoanos foram alvos da ação que também aconteceu nos estados de São Paulo, Sergipe e Pernambuco. São eles: União dos Palmares, Maceió, Anadia, Coruripe, São Miguel dos Campos, Palmeira dos Índios, Atalaia, Limoeiro de Anadia, Maribondo e Boca da Mata.

A investigação

O inquérito policial foi instaurado há cerca de um ano e meio. Durante as investigações, foram identificados vários vínculos empregatícios com empresas fantasmas e empregadores individuais inexistentes com o objetivo de criar burlar direito ao seguro-desemprego.

Foram 40 mandados de busca e apreensão e 1 de prisão expedidos pela Justiça Federal em Alagoas sendo cumpridos em dezesseis municípios em Alagoas, Pernambuco, Sergipe e São Paulo, além do afastamento cautelar de 16 servidores públicos.

​​Os envolvidos foram indiciados pelos crimes de constituição de organização criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informações, peculato e estelionato, cujas penas máximas, se somadas, atingem 37 anos de reclusão.

Mala foi apreendida com servidora pública em Arapiraca — © Cortesia