Polícia de Alagoas pede afastamento de 61 aprovados em concurso por meio de fraude

A primeira parte do relatório da operação Loki foi apresentado na manhã desta quarta-feira (18).

Polícia explicando o relatório | © Mariane Rodrigues

Polícia explicando o relatório | © Mariane Rodrigues

O secretário de Segurança Pública de Alagoas, delegado Flávio Saraiva, juntamente com o delegado-geral da Polícia Civil do estado, Gustavo Xavier, apresentaram um documento com informações a respeito do fechamento do primeiro relatório da Operação Loki, que investiga o caso de fraudes em concursos públicos no Estado de Alagoas.

De acordo com o documento apresentado na manhã desta quarta-feira (18/05), 77 pessoas foram indiciadas, 61 candidatos com pedidos de afastamento do concurso e mais de 180 dispositivos analisados.

Durante a apresentação, o secretário informou que há indícios de fraudes em outros sete concursos públicos, sendo mais um em Alagoas.

Dos afastados, são 20 candidatos da Polícia Civil; 37 da PM (soldado); 10 candidatos da PM (oficial); e outros seis para o Corpo de Bombeiros (soldado).

De acordo com o relatório, os candidatos tinham que pagar o valor de R$ 5 mil para participar do esquema e ter acesso às respostas corretas das questões referentes às provas de cargos que exigiam o Ensino Médio. Já para as questões de nível superior, o valor subia para R$ 10 mil.

Além dos valores mencionados, os aprovados tinham que se comprometer a repassar uma quantia no valor da margem do consignado, logo quando assumissem os cargos. Alguns candidatos chegaram a pagar cerca de R$ 100 mil, segundo o relatório da polícia.