A Polícia Civil e Militar cumpre mandados de prisão, busca e apreensão em quatro estados brasileiros nesta quinta-feira (23/3). A ação, coordenada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública de Alagoas (SSP), tem como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada em tráfico de drogas. Batizada como “Operação Escobar”, a ação cumpre mandados em Alagoas, Paraíba, Minas Gerais e São Paulo.
As investigações foram conduzidas pela Divisão Especial de Investigações e Capturas (DEIC), da Polícia Civil de Alagoas, e duraram um ano. Durante esse período, a complexa organização criminosa movimentou mais de R$ 7,5 milhões na venda ilegal de cocaína. Também foram identificados crimes de lavagem de dinheiro, nos quais atividades pecuaristas e “laranjas” foram utilizados para dissimular a origem ilícita dos recursos.
Operação Escobar deflagrada em Alagoas | © Ascom / SSP-AL
Os fornecedores das drogas residem em São Paulo e Minas Gerais, e enviavam a mercadoria para ser distribuída em diversas cidades de Alagoas e na Paraíba. O líder principal da organização em Alagoas já havia sido preso em 2014, em uma operação do Ministério Público do Estado.
A operação Escobar mobilizou mais de 150 policiais nos quatro estados onde a ação ocorre. Até o momento, sete pessoas foram presas, além da apreensão de três carros e uma moto em Alagoas, dois carros em Ribeirão Preto, escrituras de imóveis em Alagoas e documentos falsos em Minas Gerais.
Em Alagoas, os mandados de prisão e busca e apreensão estão sendo cumpridos em Maceió, Boca da Mata, Ibateguara, Satuba, Rio Largo e Palmeira dos Índios. Em São Paulo, serão cumpridos oito mandados de busca e apreensão e um de prisão; em Minas Gerais, dois mandados de busca e apreensão; e na Paraíba, um mandado de busca e apreensão.
Viatura da PC/AL | © Ascom / SSP-AL
Sobre a operação
A operação Escobar foi assim denominada em referência ao alto valor movimentado pela organização criminosa e à cocaína, o principal produto comercializado de forma ilegal, fazendo alusão ao narcotraficante colombiano Pablo Escobar, que fundou o Cartel de Medellín e distribuía cocaína para diversos países.
A representação dos mandados de busca e apreensão, prisão preventiva e sequestro de bens foi realizada pela DEIC com base nas provas técnicas produzidas pela investigação, e foram expedidos pela Justiça alagoana por meio da 17ª Vara Criminal da Capital. A operação contou com a participação de diversos batalhões da Polícia Militar e delegacias da Polícia Civil de Alagoas, além de policiais penais da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris).
