Oito corpos são encontrados em área de manguezal com “sinais de tortura”

O caso ocorreu no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, onde no último final de semana um sargento da PM foi assassinado.

Moradores recolheram nove corpos numa área de mangue, no Complexo do Salgueiro, no Rio | © Reprodução

Moradores recolheram nove corpos numa área de mangue, no Complexo do Salgueiro, no Rio | © Reprodução

Na manhã desta segunda-feira (22/11), moradores encontraram os corpos de pelo menos oito pessoas em uma área de manguezal no Complexo do Salgueiro, no município de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Através de uma nota, a Polícia Militar (PM) informou que tomou conhecimento do fato e que equipes da Corporação “darão início a uma ação no local e permanecerá na região a fim de garantir o trabalho de perícia da Polícia Civil”.

No ultimo sábado (20), o sargento da PM, Leandro Rumbelsperger, de 38 anos, foi morto a tiros durante um patrulhamento na comunidade. Segundo a polícia, criminosos dispararam contra os militares do 7º BPM (São Gonçalo).

Já no domingo (21), uma idosa de 71 anos foi atingida por uma bala perdida durante um confronto entre policiais e suspeitos de tráfico de drogas. Ela passa bem. A polícia afirma que foi até o conjunto de favelas para uma operação de “estabilização”.

Em entrevista a um jornal local, o porta-voz da Polícia Militar, major Ivan Blaz, disse que após a morte do sargento, o Bope foi para a região, e que durante o final de semana, houveram diversos confrontos na área onde os cadáveres foram encontrados.

“Houve vários confrontos durante o final de semana na área do mangue. Tivemos a apreensão de vários materiais usados em combate. Deduzimos que houve inúmeros feridos entre policiais e traficantes”, ressaltou o major.

Contudo, moradores tratam o caso como uma “chacina” e disseram que “os corpos apresentavam sinais de tortura”. “As pessoas, uma jogada por cima da outra. Estava com sinal totalmente de chacina mesmo”, relatou um.

A Defensoria Pública do RJ afirmou, em nota, ter recebido “relatos sobre a violenta operação no Complexo do Salgueiro” e comunicou o fato ao Ministério Público, “para a adoção de medidas cabíveis a fim de interromper as violações”.

*Com informações de Agências