Homem morre em hospital após ter 70% do corpo queimado por mulher

Suspeita já responde por uma tentativa de homicídio contra outro homem. Vítima sofria de transtornos mentais

Com a suspeita, a polícia apreendeu uma garrafa pet contendo álcool — © Ilustração

Com a suspeita, a polícia apreendeu uma garrafa pet contendo álcool — © Ilustração

Satuba — Um homem morreu na manhã desta sexta-feira (24) após uma mulher atear fogo em seu corpo utilizando álcool. Remesson da Silva Araújo, de 32 anos, estava internado no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió (AL), mas morreu por conta da gravidade dos ferimentos.

Segundo a polícia, o caso aconteceu na noite dessa quinta-feira (23), em uma residência no Centro da cidade de Satuba, região metropolitana da capital alagoana. A agressora, que não pode ter a identidade de divulgada devido à Lei de Abuso de Autoridade, foi presa em flagrante após o crime.

A vítima estava em uma praça da cidade, quando foi atraída pela suspeita para uma casa nas proximidades. Minutos depois, o homem saiu do imóvel com o corpo em chamas. Populares chegaram a apagar o fogo, mas Ramerson teve 70% do corpo atingido pelas chamas.

O homem foi encaminhado para um posto de saúde local e depois transferida para o HGE, onde entrou em óbito. Familiares dizem que ele não tinha envolvimento nenhum com mulher acusada do crime, e que sofria de transtornos mentais por ter sido espancado em um assalto em São Paulo.

A supervisão do 8º Batalhão de Polícia Militar informou que, ao dar entrada na Central de Flagrantes, foi descoberto que a mulher já responde por tentativa de homicídio contra José Cícero dos Santos, ocorrida no ano de 2015, no bairro Santos Dumont.

Com ela, os militares apreenderam uma garrafa pet contendo álcool que teria sido utilizado durante o crime. A mulher alegou em depoimento que Ramerson teria estuprado uma irmã dela e que teria cometido o homicídio por vingança.

Para o delegado responsável pelo caso, Manoel Wanderley, da 14ª Distrital de Satuba, a versão teria sido uma forma de justificar a ação criminosa, já que mãe da acusada afirmou que o estupro não aconteceu. Um inquérito foi instaurado e o material aprendido para ser periciado.