Gaesf prende quatorze acusados de venda clandestina de Iphones

Grupo vendia aparelhos de forma irregular, sem a devida autorização da fornecedora Apple

Grupo vendia aparelhos de forma irregular, sem a devida autorização da fornecedora Apple — © Assessoria

Grupo vendia aparelhos de forma irregular, sem a devida autorização da fornecedora Apple — © Assessoria

Polícia — Uma operação comandada pelo Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Conexos (Gaesf) do Ministério Público Estadual de Alagoas (MPAL), na manhã dessa terça-feira (09), resultou na prisão de mais de 18 pessoas suspeita de envolvimento em uma organização criminosa especializada na venda clandestina de aparelhos Iphone. Ao todo, estão sendo cumpridos 18 mandados de prisão e 32 de busca e apreensão em Alagoas e nos estados de São Paulo e Goiás, todos expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital.

Há mandados de prisão, aqui em Maceió, contra Francisco Olímpio da Rocha, Hugo Acioly de Melo, Pablo Dantas de Queiroz, Rodolfo Vilela Nunes, Flávio Sarmento de Morais, Rosivânia Martins da Silva, José Dênis de Melo Bastos, Ana Paula da Rocha Dantas, Paulo Sérgio de Queiroz Silva, Taynnara Lucena Gama, Amerison Souza da Silva Júnior, Eduardo Jorge Simões Pitta Júnior, Daiane Martins da Silva, Igor Acioly de Melo, Eduardo André Ferreira e Maria Clara Barros de Melo. Já em São Paulo foi preso João Rogério Alves de Melo e, em Goiás, Pablo Henrique Costa.

Na medida cautelar de busca e apreensão, foram colhidas provas documentais, a exemplo de dispositivos eletrônicos, que serão levados para análise pericial. Tal análise, após ser concluída, será encaminhada à justiça.

Modus operandi

De acordo com as investigações do Gaesf, que começaram há cerca de um ano, esse grupo se dividia em tarefas de aquisição irregular dos aparelhos, venda por meio da rede social Instagram sem a devida autorização da fornecedora Apple, armazenamento clandestino dos celulares, venda desses equipamentos sem nota fiscal, liberação ilícita de mercadoria quando esta era apreendida e lavagem do dinheiro oriundo desse comércio criminoso.

Numa das atividades ilegais do bando, uma carga de mais de 500 aparelhos foi trazida para Maceió, em maio de 2018, com notas fiscais relativas a outros tipos de produtos, a maioria, acessórios para telefone. Todo o material chegou em voo doméstico e, ao desembarcar em Alagoas, foi recolhido pelos fiscais responsáveis.

Já em fevereiro deste ano, uma nova apreensão foi realizada, desta vez, de uma carga de 230 Iphones. Eles estavam escondidos dentro de veículo conduzido pelo investigado Francisco Olímpio da Rocha.

“Nas duas ocasiões, os aparelhos destinavam-se à venda aqui na capital, onde seriam colocados no mercado irregularmente e, claro, numa transação que não emitia notas fiscais e, por consequência, que não fazia o recolhimento de impostos aos cofres estaduais”, explicou o promotor de justiça Cyro Blatter, coordenador do Gaesf.

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Os crimes praticados

Em razão da prática delituosa, o Gaesf aponta o envolvimento dos acusados nos crimes de organização criminosa e lavagem de capitais, dentre outros.

“A gravidade das ações do grupo foi verificada, inclusive, pelo fato de seus integrantes monitorarem trechos de fiscalização para poder escapar da atuação dos órgãos competentes. Além disso, eles se utilizavam de diversos artifícios para conseguir a liberação indevida de bens apreendidos”, detalhou o promotor Kleber Valadares.

Também participaram da operação “Fruto Proibido” o promotor de justiça Guilherme Diamantaras, que é integrante do Gaesf, e os promotores Lídia Malta, Rodrigo Soares, Leonardo Novaes, Bruno Baptista, Paulo Henrique Prado, Paulo Roberto Alves, Thiago Chacon, Dennis Guimarães, Eloá de Carvalho e Carlos Davi Lopes. Estes dois últimos, membros do Gaeco – Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado.

Ao lado do MPAL, nesta ação de hoje, estiveram a Secretaria Estadual da Fazenda, as Polícia Militar e Civil de Alagoas, a Polícia Rodoviária Federal, a Perícia Oficial, o Detran/AL, a Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris), o Ministério Público de Goiás e a Polícia Civil de Goiás.

*com informações do MPE/AL