Caso Rhaniel Pedro: Mãe, padrasto e tio participaram do homicídio da criança, diz PC

Os detalhes sobre o crime foram divulgados na tarde desta segunda-feira (22) pela Secretaria de Segurança Pública de Alagoas.

Corpo de Rhaniel Pedro, de 10 anos, foi encontrado no Clima Bom | © G1

Corpo de Rhaniel Pedro, de 10 anos, foi encontrado no Clima Bom | © G1

A mãe, o padrasto e o tio do menino Rhaniel Pedro Laurentino da Silva, de 10 anos, foram presos na última sexta-feira (19/11) acusados de envolvimento na morte da criança, cujo corpo foi encontrado no bairro do Clima Bom, em Maceió.

Os detalhes sobre o crime foram divulgados na tarde desta segunda-feira (22/11) pela Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSPAL), durante coletiva à imprensa.

As investigações realizadas pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) apontam que o corpo do garoto foi encontrado 24 horas após a morte. Os laudos apresentados pela Perícia Oficial do Estado também mostram que houve abuso sexual e enforcamento.

De acordo com o delegado Ronilson Medeiros, o registro do desaparecimento de Rhaniel aconteceu no dia 12 de maio, quando Ana Patrícia Laurentino dos Santos, de 37 anos, mãe da criança, relatou o sumiço às autoridades policiais.

Segundo ela, o menino havia saído de casa por volta das 7h30 para ir a um reforço escolar e não havia retornado. Porém, durante as investigações, uma câmera de segurança de um estabelecimento comercial, que fica no trajeto feito diariamente por Rhaniel, não registrou sua passagem naquele dia.

Para o delegado Bruno Emílio, presidente do inquérito, as suspeitas sobre o envolvimento dos familiares no homicídio começaram após a prima de Rhaniel relatar que sofria abusos sexuais constantes por parte de Vítor Oliveira, de 28 anos, padrasto do menino.

No decorrer dessas investigações, os laudos periciais, realizados pela perita Claudia Maria Voss Villanueva Chroniaris, do Instituto Médico Legal (IML), apontaram que, além das lesões, o cadáver foi ocultado pelos autores do crime um dia antes de ser abandonado em uma rua, no bairro do Clima Bom.

Já os peritos José Veras de Oliveira Silva e Rosana Coutinho, da Perícia Oficial, localizaram impressões digitais de Vitor e de seu irmão, Wagner Oliveira, de 25 anos, na cueca de Rhaniel, além constatar vestígios de material genético da criança em um preservativo descartado próximo ao corpo. Esses elementos foram cruciais para contribuir com a elucidação do caso.

Ainda segundo o delegado Bruno Emílio, mensagens encontradas no celular de Wagner comprovam que ele estava na casa da família no dia no crime. “Recuperamos uma mensagem trocada pelos irmãos na noite de 11 de maio, em que o Wagner convida Vitor para usar drogas, na residência da família, algo que a criança desaprovava e sempre reclamava para familiares”, informou.

Para o delegado, esse seria mais um indício de que todos estavam com Rhaniel durante o crime. Ainda segundo as investigações, é provável que os criminosos tenham abandonado o corpo na madrugada do dia 13.

*Com informações da PCAL