Uma operação da Polícia Civil de Alagoas (PCAL), deflagrada na manhã desta quinta-feira (11/11), resultou na prisão de seis pessoas suspeitas de integrarem um grupo criminoso que aplicava golpes milionários em vítimas de diversos estados.
A ação, intitulada de “Imitatore”, foi realizada pela Divisão de Combate à Corrupção (DECCOR), da PCAL, coordenada pelo delegado José Carlos dos Santos, por meio da Seção de Combate à Lavagem de Dinheiro, e também aconteceu no Espírito Santo e em Minas Gerais.
Foram cumpridos seis mandados de prisão e 7 de busca domiciliar nos municípios de Serra (ES), Vila Velha (ES) e Teófilo Otoni (MG). As equipes também apreenderam diversos celulares, computadores, veículos e documentos.
As investigações apontam que os suspeitos se passavam por servidores públicos para aplicar o chamado golpe da “CAPEMI”, e em pouco mais de um ano e meio, movimentaram mais de R$ 10 milhões. Somente em território alagoano, as vítimas perderam R$ 1,3 milhão.
Segundo o delegado José Carlos, as investigações levantaram que os envolvidos obtinham criminosamente dados de idosos das forças armadas e se passavam por funcionários de associações de pecúlio para obter dinheiro das vítimas. Idosos eram levados a acreditar que possuíam valores a receber da extinta CAPEMI e pagavam aos envolvidos no esquema quantias a título de honorários ou taxas.
“Após o primeiro pagamento, outros envolvidos faziam novos contatos para fazer o que o grupo chamava de repique: criar novos embaraços para obter mais dinheiro. Somente de duas vítimas de Alagoas os envolvidos lucraram mais de um milhão e 300 mil reais. Além da prática de estelionato contra idosos, o grupo chegava a praticar extorsão em alguns casos”, revelou o coordenador da DECCOR da PCAL.
A operação imitatore
Os delegados da Polícia Civil de Alagoas, José Carlos Santos e Lucimerio Campos, viajaram para o estado do Espírito Santo e lá se juntaram ao delegado Brenno Andrade, titular da DRCE (ES), na coordenação da operação imitatore.
Já em Minas Gerais, as diligências ficaram sob a responsabilidade da delegada Mariana Ceolin, da Delegacia de Repressão ao Tráfico de Drogas e Crimes Cibernéticos e Delegacia Regional de Teófilo Otoni.
O delegado José Carlos ressaltou que a operação foi exitosa, pois tira das ruas um grupo impiedoso com idosos das forças armadas, além de causar impacto no patrimônio dos líderes da Orcrim.
“Os presos e outros investigados responderão por 29 crimes de estelionato contra idosos, extorsão, lavagem de dinheiro e constituição de organização criminosa”, concluiu.