Polícia

Adolescente que matou mãe e irmão tinha sido impedido pelo pai de jogar ‘Roblox’

O pai dele, um policial militar de 56 anos, também foi baleado, mas sobreviveu e está paraplégico.

Publicado: | Atualizado em 22/03/2022 11:25


Adolescente de 13 anos matou a mãe e o irmão mais novo, na PB | © Reprodução
Adolescente de 13 anos matou a mãe e o irmão mais novo, na PB | © Reprodução

O delegado Renato Leite, da Polícia Civil de Patos (PB), deu detalhes sobre a tragédia envolvendo uma família na tarde do último sábado (19/3), onde um adolescente de 13 anos matou a mãe e o irmão, de 7. O pai dele, um policial militar de 56 anos, também foi baleado, mas sobreviveu.

De acordo com o delegado, o crime foi motivado por uma discussão sobre o baixo rendimento escolar do garoto, que queria continuar a jogar um jogo on-line e, conforme disse em depoimento, sentiu-se “pressionado”. A “gota d’água” teria sido o fato de o pai ter tomado o seu celular.

“Ele alegou que a motivação para ele ter feito isso foi que os pais estavam privando ele de jogar um jogo, chamado “Roblox”. Então, a motivação que ele alegou de ter sido a gota d’água hoje, para que ele pegasse a arma do pai e resolvesse atirar contra a mãe, o pai e o irmão, foi justamente por isso”, disse Renato.

A autoridade policial disse ainda que percebeu que, quando o menino soube que o homem estava vivo, se assustou. O adolescente disse que o pai já havia lhe mostrado a arma, mas negou que a tenha usado em outro momento. O delegado chamou a circunstância de “uma situação complicada”, em que “uma família foi destruída”.

O policial aposentado, baleado no tórax, foi levado inicialmente ao Hospital Regional de Patos, mas a gravidade dos ferimentos o levou a ser transferido para o Hospital de Trauma de Campina Grande. Segundo o médico-cirurgião Caio Guimarães, responsável pelo caso, o homem está paraplégico.

O crime

Na tarde do último sábado (19), segundo o delegado Leite, o pai do estudante havia saído para comprar um remédio para a mãe, que estava com dor de dente e dormia no quarto do casal. Antes disso, o policial reformado tomou o celular do filho por causa do baixo desempenho escolar.

“O adolescente foi no escritório do pai, pegou a arma, que estava bem guardada num armário de ferro fechado, mas ele conseguiu pegar a arma, e a mãe aguardava no quarto, deitada, dormindo. Ele chegou, encostou a arma na cabeça dela e efetuou um disparo contra a mãe”, contou o delegado.

O barulho do tiro assustou o irmão, que estava em seu próprio quarto, e que brigou com o adolescente, quando percebeu o que ele havia feito. O autor chegou a correr atrás do menino para atirar nele. Nessa ocasião, o pai chegou em casa, tentou intervir para que o menino soltasse a arma, mas ele atirou contra o genitor, que caiu na sala.

O irmão, ao ver o pai caído, tentou socorrê-lo e o abraçou. Foi quando o adolescente atirou no menino pelas costas. Depois, friamente, guardou a arma onde estava, chamou o Samu e tentou fazer parecer que tinha sido um assalto.


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