Uma grave colisão ocorreu na manhã da última terça-feira (29/03), no quilômetro 115 da BR-104, no trevo principal do município de Panelas, agreste pernambucano. Um caminhão desgovernado (carregado de cerâmicas) bateu violentamente num veículo modelo Ecosport e, após a colisão, acabou se chocando ao menos com outros quatro veículos que estavam em um lava-jato da região.
Duas pessoas morreram no local: a jovem Roberta de Lima, de 23 anos, e o senhor Reinaldo Antônio de Oliveira, de 64 anos. A mulher, que estava dirigindo o Ecosport, tinha chegado de São Paulo e foi visitar a família em Panelas. O idoso era conhecido na cidade e trabalhava como vigilante. Já o motorista do caminhão ficou gravemente ferido e foi encaminhado para o Hospital Regional do Agreste (HRA), em Caruaru.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), pelos vestígios verificados, o motorista do caminhão perdeu o controle do veículo após passar pela descida da famosa curva do “Criminoso” – local conhecido pelos vários acidentes e assaltos – e atingiu o carro que a jovem Roberta de Lima estava conduzindo, no momento em que ela fazia a travessia da rodovia. A suspeita é de que o caminhão teve um problema nos freios, o famoso “perdeu freio”.
“Ele [motorista] tinha perdido o controle do veículo, sem freio, desde a curva do criminoso”, declarou Lira Ribeiro, inspetor da PRF.
Segundo testemunhas, momentos antes do acidente, o motorista já estava buzinando bastante para avisar que o caminhão estava desgovernado. Por sorte, outros veículos que transitavam a rodovia também não foram atingidos, como é possível ver nas imagens registradas por câmeras de segurança. Por volta das 21h, estavam finalizando a retirada dos veículos envolvidos na tragédia.
Com a tragédia, mais uma vez surge o debate sobre a segurança de tráfego nesse trecho da BR-104 em Panelas. Vereadores do município já contataram o DNIT para a solução para a Curva do Criminoso, com sua retirada ou criação de zona de escape. Entretanto, até o momento não houve nenhuma resposta no sentido de solucionar os problemas por parte do DNIT. Além desses pontos perigosos na rodovia, a falta de sinalização e as condições do próprio asfalto são fatores de risco para os motoristas.
