Gilberto Gonçalves é transferido para o Sistema Prisional de Alagoas

O prefeito de Rio Largo foi preso nas primeiras horas desta segunda-feira (22), por tentar “impedir ou embaraçar” investigações da Operação Beco da Pecúnia.

PF na casa de Gilberto Gonçalves, em Rio Largo | © Ascom / PF

PF na casa de Gilberto Gonçalves, em Rio Largo | © Ascom / PF

O prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves (PP), foi transferido da Superintendência da Polícia Federal, no bairro do Jaraguá, em Maceió, para o Sistema Prisional de Alagoas. O gestor foi preso pela PF na manhã desta segunda-feira (22/08), em sua própria residência.

De acordo com as informações, divulgadas pela própria entidade, ele não apresentou resistência à prisão. Gonçalves é um dos alvos das investigações da “Operação Beco da Pecúnia’’, deflagrada neste mês e que investiga possíveis desvios de recursos públicos federais, em Rio Largo.

Segundo as investigações, cerca de R$ 20 milhões do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e do Sistema Único de Saúde (SUS) foram desviados. Desde o início da operação, já foram afastados, além do prefeito, os secretários da Educação, Assistência Social, Saúde e Finança, e outros três servidores do município.

Entenda o caso

No dia 31 de julho, uma reportagem do Fantástico, na Rede Globo, denunciou um esquema de corrupção milionária orquestrada pelo então prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves.

Na reportagem, foram divulgadas imagens de câmeras de estabelecimentos comerciais, flagrando, por diversas vezes, o encontro entre dois carros em um beco, onde eram repassados pacotes que, supostamente, continham dinheiro público.

A matéria, com base nas informações das investigações da PF, mostrou que os malotes repassados de um veículo a outro, continham valores de ao menos R$ 49 mil. No relatório, Gilberto Gonçalves é apontado como “o principal autor dos crimes e coordenador da ação dos demais investigados’’.