Beco da Pecúnia: Gilberto Gonçalves agia para “impedir ou embaraçar” investigações

O comunicado foi divulgado no final da manhã desta segunda-feira (22/08), por meio de nota.

Sede da PF em Maceió | © Reprodução / Internet

Sede da PF em Maceió | © Reprodução / Internet

Por meio de nota divulgada no final da manhã desta segunda-feira (22/08), a Polícia Federal de Alagoas informou que, o prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves (PP), afastado recentemente de seu respectivo cargo, foi preso por estar atuando para “impedir ou embaraçar’’ as investigações de organização criminosa e desvio de verbas públicas.

“De acordo com a investigação, além dos crimes já referidos, identificou-se uma atuação visando impedir ou embaraçar a investigação que envolve organização criminosa, crime previsto no art. 2º, §1º, da Lei n. 12850/13”, informou a PF por meio da nota.

No último dia 11 de agosto, a PF deflagrou a “Operação Beco da Pecúnia’’, que apura o desvio de R$ 20 milhões do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e do Sistema Único de Saúde (SUS), em Rio Largo.

Desde o início da operação, já foram afastados, além do prefeito, os secretários da Educação, Assistência Social, Saúde e Finança, e outros três servidores do município.

Entenda o caso

No dia 31 de julho, uma reportagem do Fantástico, na Rede Globo, denunciou um esquema de corrupção milionária orquestrada pelo então prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves.

Na reportagem, foram divulgadas imagens de câmeras de estabelecimentos comerciais, flagrando, por diversas vezes, o encontro entre dois carros em um beco, onde eram repassados pacotes que, supostamente, continham dinheiro público.

A matéria, com base nas informações das investigações da PF, mostrou que os malotes repassados de um veículo a outro, continham valores de ao menos R$ 49 mil. No relatório, Gilberto Gonçalves é apontado como “o principal autor dos crimes e coordenador da ação dos demais investigados’’.