Seguidores de seita jejuam até a morte “para encontrar Jesus” no Quênia; 73 corpos foram encontrados

A equipe responsável pelas investigações aponta que um pastor incentivou várias pessoas a passarem por uma greve de fome na floresta de Shakahola.

Corpos de fiéis foram encontrados em valas no Quênia | © REUTERS/Stringer

Corpos de fiéis foram encontrados em valas no Quênia | © REUTERS/Stringer

Chega a 73 o número de fiéis mortos em uma seita, em Malindi, no Quênia, por terem sido incentivados por um pastor evangélico a jejuarem por vários dias “até conhecerem Jesus”. A informação foi dada nesta segunda-feira (24) pelas autoridades quenianas.

O líder religioso, responsável pelas mortes, que alega não ter feito nada de errado, é fundador da Igreja Internacional das Boas Novas. A equipe responsável pela investigação aponta que ele incentivou várias pessoas a passarem por uma greve de fome na floresta de Shakahola, onde os corpos foram encontrados em valas.

Os investigadores trabalham com a linha de que os fiéis morreram por terem deixado de comer há muitos dias, isso porque 29 deles foram socorridos e hospitalizados com sinais de desnutrição desde o dia 14 de abril, quando o pastor foi preso.

O movimento possui mais integrantes que ainda não foram encontrados. A polícia queniana acredita que eles estejam escondidos, se negando a interromper o jejum. Um exemplo disso foi que, ainda neste domingo (23), uma mulher foi encontrada com os olhos fora de órbita, se recusando a receber alimentação.

As equipes investigativas continuam trabalhando na floresta de Shakahola para resgatar mais pessoas do grupo religioso.

“O que vimos em Sakhola é algo característico de terroristas”, afirmou o presidente queniano William Ruto durante cerimônia de funcionários do sistema prisional nesta segunda. “Os terroristas usam a religião para promover seus atos hediondos. Pessoas como Mackenzie utilizam a religião para fazer exatamente o mesmo”, destacou.

Veja o vídeo abaixo: