Papa Francisco pede proibição da prática de “barriga de aluguel” em todo o mundo

A prática da "barriga de aluguel" consiste em um procedimento em que uma mulher concorda em engravidar e carregar um feto para outra pessoa ou casal.

Papa Francisco | © Reprodução

Papa Francisco | © Reprodução

O papa Francisco fez uma petição nesta segunda-feira (8/1) para que houvesse a proibição da prática de “barriga de aluguel” em todo o mundo.

O pontífice fez o seu pedido em um discurso que durou 45 minutos para diplomatas no Vaticano.

“Considero deplorável a prática da chamada maternidade de aluguel, que representa uma grave violação da dignidade da mulher e da criança, baseada na exploração de situações de necessidades materiais da mãe”, disse.

A prática da “barriga de aluguel” consiste em um procedimento em que uma mulher concorda em engravidar e carregar um feto para outra pessoa ou casal, em troca de compensação financeira ou não.

Existem duas formas principais dessa prática: a tradicional e a gestação de substituição gestacional. Na barriga de aluguel tradicional, a mulher que carrega o bebê também é a doadora do óvulo, o que significa que ela está geneticamente relacionada com o bebê.

Já na gestação de substituição gestacional, a mulher apenas carrega o bebê, mas não contribui geneticamente para a criança. Nesse caso, os óvulos e o esperma podem ser provenientes dos pais biológicos ou de doadores.

No Brasil, a barriga de aluguel é considerada ilegal pela lei. No entanto, se uma mulher tiver vínculo sanguíneo com o casal pode servir como “doadora de útero”, segundo a constituição.