O número de mortos em uma seita, em Malindi, no Quênia, por terem sido incentivados por um pastor evangélico a jejuarem por vários dias “até conhecerem Jesus”, aumentou para 89, nesta terça-feira (25). A informação foi dada pelo ministro do Interior Kithure Kindiki.
A equipe responsável pela investigação está encontrando os corpos na floresta de Shakahola, mais precisamente em valas. Nesta terça, mais 16 cadáveres foram exumados. A expectativa é que esse número aumente ainda mais, pois 200 integrantes do movimento ainda estão desaparecidos.
No total, 34 pessoas sobreviveram ao ritual. Várias testemunhas disseram ter sofrido “lavagem cerebral” ao acreditarem que encontrariam Jesus após morrer de fome.
Entenda o caso
O líder religioso, responsável pelas mortes, é fundador da Igreja Internacional das Boas Novas. A equipe de investigação aponta que ele incentivou várias pessoas a passarem por uma greve de fome na floresta de Shakahola, onde os corpos foram encontrados em valas.
Os investigadores trabalham com a linha de que os fiéis morreram por terem deixado de comer há muitos dias, isso porque 29 deles foram socorridos e hospitalizados com sinais de desnutrição desde o dia 14 de abril, quando o pastor foi preso.
O movimento possui mais integrantes que ainda não foram encontrados. A polícia queniana acredita que eles estejam escondidos, se negando a interromper o jejum. Um exemplo disso foi que, ainda neste domingo (23), uma mulher foi encontrada com os olhos fora de órbita, se recusando a receber alimentação.
As equipes investigativas continuam trabalhando na floresta de Shakahola para resgatar mais pessoas do grupo religioso.