O caso das gêmeas siamesas Lupita e Carmen, de 22 anos, que moram em Connecticut, nos Estados Unidos, tem viralizado nas redes sociais após elas darem uma entrevista ao site Today, onde contaram um pouco sobre como compartilham a vida e como fazem para uma delas namorar.
Desde que nasceram, as irmãs estão conectadas pelo torso e compartilham a pélvis e o sistema reprodutivo. Cada uma delas tem dois braços, mas apenas uma perna.
“Compartilhamos uma corrente sanguínea, compartilhamos um fígado, compartilhamos muitas estruturas internas”, disse Carmen. “Se fizéssemos uma cirurgia de separação, qualquer uma de nós poderia morrer, nós duas poderíamos morrer ou acabar na UTI, sem nunca mais poder sair”, acrescentou Lupita.
Apenas Carmen namora, pois Lupita se considera assexual. Para que a primeira consiga se relacionar com o seu namorado, Daniel, ela procura entrar em acordos com a irmã. “Às vezes, me sinto mal porque quero passar muito tempo com Daniel. Então, tentamos chegar a acordos. Por exemplo, Lupita escolhe onde vamos jantar ou quais atividades vamos fazer”, explicou.
Carmen namora com Daniel há dois anos e meio. Eles se conheceram através de um aplicativo de namoro. Ela conta que nunca escondeu que era gêmea siamesa para o seu namorado, e ele não fez perguntas a respeito de sua condição.
“Conheci meu namorado, Daniel, em um aplicativo de namoro, em outubro de 2020. Nunca tentei esconder o fato de ser gêmea siamesa, o que significa que recebi muitas mensagens de caras com fetiches. Eu sabia logo de cara que Daniel era diferente dos outros, porque ele não começou com uma pergunta sobre minha condição. Tenho ansiedade social e acabei cancelando encontros de última hora, mas me senti tranquila no caminho”, contou Carmen.
O casal ainda pretende morar junto. Segundo Carmen, Lupita se dá bem com Daniel, o que não será um problema. Ela também conta não pretende ser mãe, ainda mais que isso é impossível por conta da condição dela e da irmã, além das duas terem endometriose.
“Lupita e eu não conseguimos engravidar, temos endometriose e também tomamos um bloqueador hormonal que nos impede de menstruar”, explicou Carmen.