Condenado à prisão perpétua, homem usou cobra venenosa para matar esposa

Sooraj Kumar jogou uma naja no quarto onde sua mulher dormia. Ela foi picada várias vezes, meses depois de outro ataque semelhante.

Suraj Kumar foi condenado por matar a esposa, Uthra, com uma picada de naja | © BBC

Suraj Kumar foi condenado por matar a esposa, Uthra, com uma picada de naja | © BBC

O indiano Sooraj Kumar, de 28 anos, foi condenado a uma pena rara de “prisão perpétua dupla” por matar a própria esposa. Ele usou cobras venenosas como armas para atacar a mulher. As informações foram divulgadas pela BBC.

A polícia começou a investigá-lo depois que a família de Uthra, de 25 anos, disse que ele começou a assediá-la por um dote. A mulher foi encontrada morta em sua casa em Anchal, Kollam, em 7 de maio de 2020, após ser picada por uma serpente.

Um tribunal considerou o marido culpado por soltar o animal na cama enquanto a esposa dormia. Ele havia pago 7 mil rúpias (aproximadamente R$ 508) por uma naja em abril do ano passado, algo que é ilegal, já que o comércio de cobras é proibido na Índia.

A desconfiança da família da moça começou porque Uthra, que era portadora de deficiência, já tinha sido mordida por uma cobra conhecida como víbora de Russell semanas antes, e estava se recuperando da primeira picada, quando foi atacada novamente.

Segundo os investigadores, o homem ofereceu um copo de suco misturado com sedativos à esposa, que pegou no sono. Foi depois disso que o crime ocorreu. A princípio, a naja não atacou Uthra. O homem, porém, provocou a cobra pelo “capuz”.

Ele pressionou a cabeça do réptil perto do braço da mulher, que foi mordida pelo animal duas vezes. Uthra foi para o hospital, mas já estava morta. Os médicos acionaram a polícia e a autópsia revelou que ela havia sofrido duas perfurações no braço.

Além de dupla prisão perpétua por homicídio e tentativa de homicídio, Sooraj foi condenado a 10 anos de prisão por causar ferimentos por envenenamento e 7 anos por causar o desaparecimento de provas. As sentenças terão que ser executadas consecutivamente, de acordo com relatórios.