
Tori Towey, uma comissária de bordo irlandesa de 28 anos, enfrenta um drama legal em Dubai após denunciar seu marido por violência doméstica. Towey, que trabalha para a Emirates Airlines, foi presa por consumo de álcool e tentativa de suicídio, enquanto seu marido, acusado de agressão, permanece livre.
Segundo o grupo de defesa Detained in Dubai, Towey relatou que a violência começou após o casamento, com abusos físicos, psicológicos e financeiros. Ela afirmou que seu marido confiscava seu dinheiro e cartões e, recentemente, a agrediu brutalmente após acusá-la de traição, chegando a rasgar seu passaporte durante uma discussão.
Em um momento de desespero durante a agressão, Towey tentou tirar a própria vida. A violência só cessou quando vizinhos chamaram uma ambulância. Após receber atendimento hospitalar, Towey tentou voltar para a Irlanda, mas foi surpreendida pelas acusações de tentativa de suicídio e consumo de álcool, crimes nos Emirados Árabes Unidos. Agora, ela aguarda julgamento, marcado para o dia 18 de julho, e está proibida de deixar o país.
Nos Emirados Árabes Unidos, o consumo de álcool é restrito a locais licenciados, e a tentativa de suicídio é punida com multa e prisão. Towey enfrenta a possibilidade de pagar uma multa de quase R$ 1,5 mil por tentar tirar a própria vida. A legislação local considera ambos os atos crimes graves, refletindo as rigorosas normas sociais e jurídicas do país.
O grupo Detained in Dubai solicitou às autoridades de Dubai que retirem as acusações contra Towey e permitam seu retorno à Irlanda. Eles também convocaram o primeiro-ministro da Irlanda, Simon Harris, o chefe de Relações Exteriores Micheál Martin, a embaixadora Alison Milton e deputados locais, além do embaixador dos Emirados Árabes Unidos na Irlanda, Mohammed Hmoud Hamad Rahma Alshamsi, para ajudar no caso.
Tori Towey continua a lutar por justiça e por seu direito de retornar para casa, enquanto a comunidade internacional observa com atenção o desenrolar deste caso.