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GAECO é acionado para investigar vereadores de Messias por nepotismo e enriquecimento ilícito

A Câmara de Messias e os envolvidos ainda não se manifestaram publicamente sobre as acusações.

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Vereadores Ary Cleyton e Thaysinha Peixoto - @Reprodução
Vereadores Ary Cleyton e Thaysinha Peixoto - @Reprodução

O Ministério Público de Alagoas recebeu uma denúncia detalhada apontando supostas irregularidades administrativas na Câmara Municipal de Messias durante a legislatura anterior, na qual o vereador Ary Cleyton de Carvalho Rêgo presidia a Casa. O documento, apresentado por Marcos Vinícius de Sena Rosa, pede que o caso seja investigado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), destacando práticas de nepotismo e irregularidades contratuais.

O GAECO, órgão especializado em investigar crimes como corrupção, fraudes e desvios de recursos públicos, é composto por integrantes do Ministério Público e forças de segurança. Sua atuação é fundamental para apurar denúncias envolvendo agentes públicos e assegurar que práticas ilícitas sejam devidamente investigadas e punidas.

Acusações contra Ary Cleyton

Na denúncia, Ary Cleyton, que não concorreu à reeleição e encerrou seu mandato em 2024, é acusado de nepotismo e de autorizar pagamentos questionáveis durante sua gestão. Entre as práticas relatadas, destaca-se a nomeação de familiares em cargos remunerados na Câmara. De acordo com o documento, o irmão de Ary, Richard Keydyr de Carvalho Rêgo, teria recebido um salário de R$ 5.800,00, enquanto seu tio, Haroldo da Costa Rêgo, teria um rendimento de R$ 1.500,00.

Além disso, a denúncia aponta para irregularidades em contratos firmados com o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Social (IBDS). O contrato, que teria vencido em outubro de 2023, continuou gerando pagamentos mesmo após o prazo de vigência. Em dezembro de 2024, por exemplo, o IBDS teria recebido R$ 110.814,01, valor considerado indevido e sem respaldo legal pelo denunciante.

Outros vereadores citados

Além de Ary Cleyton, a denúncia menciona a vereadora Thaysinha Peixoto, que também teria nomeado familiares para cargos públicos. Segundo o documento, o marido de Thaysinha, Thomas Henrique Peixoto Leite, acumulava um salário como secretário de Cultura e no Poder Legislativo, enquanto outros parentes, como cunhados e primos, também ocupavam cargos remunerados.

Pedido de investigação

O denunciante solicita que o GAECO realize uma apuração ampla das denúncias, incluindo análise de documentos e contratos firmados pela Câmara de Messias. O objetivo é verificar a ocorrência de atos de improbidade administrativa, como enriquecimento ilícito e desvios de recursos públicos. Caso sejam confirmadas as irregularidades, a denúncia pede a suspensão dos direitos políticos dos responsáveis e o ressarcimento dos valores aos cofres públicos.

A Câmara de Messias e os envolvidos ainda não se manifestaram publicamente sobre as acusações. O Ministério Público deve avaliar a admissibilidade da denúncia e, se considerar procedente, iniciar uma investigação oficial com o apoio do GAECO.

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