Os servidores da Unidade de Saúde São Vicente de Paula, no Pinheiro, se reuniram com o vereador Joãozinho, nesta sexta-feira (05/03), e falaram sobre o receio da equipe ser separada. A unidade será fechada por estar em uma área de risco, e os funcionários temem que o trabalho já realizado junto aos moradores do bairro seja prejudicado.
Além disso, os servidores se sentem inseguros com a violência na região e ainda enfrentam uma pandemia que coloca a vida de todos em risco.
– A solução deles, prioritariamente, seria encontrar um imóvel que pudesse levar todos os funcionários e continuariam sendo atendidos aqueles pacientes que já moraram no Pinheiro. Esses funcionários já possuem um vínculo com a comunidade, cerca de 80% deles moram ou moravam no bairro – disse o vereador.
Na conversa com a equipe da unidade de saúde, Joãozinho, que é presidente da comissão de Administração e Assuntos Ligados aos Servidores Públicos, ouviu as dificuldades que ela tem enfrentado não só pela pandemia da Covid-19, mas também com o provável desabamento do bairro do Pinheiro.
– Inclusive, um dos funcionários, que é deficiente visual, mora a 300 metros da unidade de saúde. Com o fechamento (da unidade), fica difícil a vida desse servidor. Temos que ver o que é prioridade, se é possível colocar todos em um mesmo local, ou se não houver como, que, pelo menos, escutem esses profissionais antes de transferi-los – afirmam.
O vereador entende que outros bairros necessitam dos profissionais de saúde, mas pede um olhar sensível para esses servidores.
– Sei que há uma demanda reprimida, principalmente na parte alta, Benedito Bentes, Cidade Universitária, mas que eles sejam ouvidos. Mostrem opções, caso não se tenha outra solução. O melhor seria manter a equipe em uma unidade de saúde que atenda os moradores daquela região próxima ao Pinheiro, pelo vínculo de confiança já existente. No entanto, se não houver como, que ofereçam alguma solução.
Joãozinho também alertou para os danos psicológicos que a equipe tem enfrentado devido ao desabamento e a mudança para outras regiões de Maceió.
– Imagine, esses profissionais, pelo vínculo, por morarem na região, são tão atingidos quanto os moradores mais antigos. Estão lá, atendendo alguém que passa por problemas, um paciente que está devastado por dentro, psicologicamente, mas o profissional de saúde também está, também perdeu a sua casa, teve ou terá que se mudar. Nada mais justo que o executivo municipal, através da Secretaria Municipal de Saúde possa conversar com esses servidores e fazer o melhor possível para todos eles e para a sociedade maceioense – finalizou o vereador.