“Uma população que vive de esmola”, diz líder comunitário ao exigir ações do governo para as vítimas da Braskem

O líder comunitário durante uma enchente recente na região, apenas 50 cestas básicas foram distribuídas.

Fernando do Bom Parto | © Reprodução

Fernando do Bom Parto | © Reprodução

O governador Paulo Dantas convocou uma reunião de emergência para abordar o colapso recente da Mina 18, situada no bairro do Mutange, em Maceió. O encontro, que contou com a presença de secretários do governo estadual, municipal, da Defesa Civil e líderes comunitários, foi marcado por momentos de desentendimento e tensão.

Durante a reunião, um dos líderes comunitários presentes, identificado como Fernando do Bom Parto, expressou preocupação com os residentes não indenizados ou realocados de sua comunidade. O pedido de atenção foi seguido por um tumulto, gerando tensão entre os participantes.

Segundo ele, a população perdeu tudo e não recebeu assistência adequada do governo estadual. Ele destacou que, durante uma enchente recente na região, apenas 50 cestas básicas foram distribuídas, uma quantidade insuficiente para atender às necessidades da comunidade afetada.

O governador Paulo Dantas acusou Fernando de causar tumulto e insinuou que ele tinha ligações com a prefeitura de Maceió. Fernando negou veementemente as acusações, criticou a falta de apoio do governo e reiterou sua independência tanto do governo quanto da prefeitura antes de deixar a reunião.

“Se eu tiver um parente dentro da prefeitura (Maceió), o senhor pode me processar”, afirmou o líder comunitário. Até a conclusão desta matéria, o governado do estado não se pronunciou a respeito do assunto.