
Após o rompimento da mina 18, operada pela empresa Braskem, pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) intensificaram os estudos para coletar amostras da água da Lagoa Mundaú, em Maceió.
O projeto Laguna Viva, em andamento há mais de quatro anos, já realizava coletas periódicas no local, mas a situação exigiu uma atenção especial nos últimos dias, com três coletas feitas na última semana, incluindo uma nesta segunda-feira (11).
De acordo com uma reportagem do programa Cidade AL, da TV Pajuçara, o professor e pesquisador Emerson Soares informou que, embora as análises preliminares realizadas com sondas multiparamétricas não tenham detectado mudanças significativas nas condições ambientais, a determinação de possível contaminação ainda é inconclusiva.
“As sondas multiparamétricas medem 15 parâmetros, mas temos mais de 100 para analisar. A análise exige uma metodologia muito específica, e estamos trabalhando com equipamentos extremamente sensíveis. Qualquer alteração será captada, mas precisamos de tempo para processar os resultados”, explicou Soares.
Após a conclusão das análises, está prevista uma reunião com o grupo de mais de 20 pesquisadores envolvidos no projeto. Durante essa reunião, todos os dados serão avaliados, a parte estatística será detalhada, e um relatório conciso será elaborado para apresentar as conclusões sobre a situação na região.