Mãe de autista diz que filho foi impedido de brincar com o pai em espaço de brinquedos de shopping

Segundo Laura Lima, uma funcionária não entendeu a necessidade do seu filho de brincar com o pai para conseguir socializar e se divertir.

Laura Lima relatou o ocorrido em seu perfil no Instagram | @ Reprodução

Laura Lima relatou o ocorrido em seu perfil no Instagram | @ Reprodução

A palmarina Laura Lima, que é mãe de autista, fez um desabafo em seu perfil no Instagram, relatando que, nesta segunda-feira (8/4), o seu filho, de 4 anos, foi impedido de brincar com o pai em um espaço de brinquedos chamado Capitão Pop It, no Shopping Pátio Maceió.

Em um vídeo, Laura conta que tinha levado o pequeno em um shopping da capital alagoana, para comemorar o seu aniversário.

Ao chegar no local escolhido para a diversão, ela explicou para uma funcionária a condição de seu filho, bem como a dificuldade de socialização em lugares públicos e a necessidade da companhia do pai para brincar. Também foi explicado que o tempo de brincadeira poderia se estender, caso a criança gostasse do lugar.

“Em lugares públicos, o meu filho só se sente à vontade para brincar e socializar se eu ou meu esposo ficarmos juntos dele, se brincarmos junto dele. Se não, ele não vai socializar, ele não vai conseguir se sentir à vontade no lugar. Como muita gente sabe, muitos autistas têm dificuldade de socializar, e é o caso do meu filho”, disse Laura.

Segundo a mãe, ela foi compreendida pela trabalhadora, e seu filho brincou por meia hora nos brinquedos junto do seu marido, até que chegou uma outra funcionária, que pediu para que o pai do menino se retirasse, pois não era permitido que adultos brincassem junto aos filhos no espaço.

De acordo com o relato de Laura, ela tentou explicar o mesmo que foi explicado para a primeira trabalhadora, mas a segunda não deu o braço a torcer, chegando a falar que a dona não permitia e que ela monitora tudo pelas câmeras.

“Acontece que é necessário abrir exceção para esses casos. O meu marido explicou para ela a necessidade do meu filho, explicou que ele só ficaria feliz no brinquedo, só saberia brincar se ele estivesse junto. E mesmo assim, isso não foi o suficiente para que ela entendesse a situação”, relatou.

Laura também destaca que pagou meia entrada por seu filho ser autista. Diante disso, ela acredita que a intenção da dona foi praticar a inclusão, mas essa inclusão não foi até o fim.

Assista o vídeo completo abaixo: