A Defesa Civil de Maceió anunciou um novo sismo na madrugada deste sábado, com magnitude de 0,89, na mina situada no bairro Mutange. O tremor, a uma profundidade de cerca de 300 metros, ocorre em uma área sob vigilância intensa devido ao risco iminente de colapso do solo.
Foi observada uma diminuição na velocidade vertical de afundamento da mina. Enquanto na sexta-feira a velocidade era de 2,6 cm por hora, ela reduziu para 0,7 cm por hora no sábado. O deslocamento vertical acumulado na região também mostrou uma grande diminuição, de 1,42 m para 1,56 cm em 24 horas. As razões para essa mudança ainda não foram esclarecidas.
As minas de Maceió, operadas pela Braskem para a extração de sal-gema, são apontadas como a causa da instabilidade. A mina 18 é considerada a mais instável e pode afetar outras duas minas vizinhas. A área vem sendo monitorada pelo risco de formar uma cratera do tamanho do estádio do Maracanã, impactando o ecossistema local.
A instabilidade provocou a evacuação de mais de 14 mil imóveis em cinco bairros, afetando aproximadamente 60 mil pessoas. O problema se agravou desde 2018, com o surgimento de rachaduras e afundamentos em imóveis. A Braskem, responsável pela mineração, tem adotado medidas de monitoramento e compensação financeira, mas enfrenta ações judiciais de moradores descontentes com as indenizações.
A Prefeitura de Maceió decretou situação de emergência, medida reconhecida pelo governo federal. A Defesa Civil e especialistas continuam monitorando a situação, enquanto medidas de controle e prevenção são aplicadas para minimizar os riscos.