Nesta quinta-feira (5), a Justiça de Alagoas negou o pedido de liberdade a Leandro dos Santos Araújo, de 23 anos, que confessou ter assassinado a sogra, Flávia dos Santos Carneiro, de 43 anos, em março deste ano. O corpo da vítima foi encontrado dentro de uma geladeira, no bairro do Jacintinho, em Maceió.
A decisão foi proferida pelo juiz Geraldo Cavalcante Amorim, da 9ª Vara da Capital, que justificou a manutenção da prisão preventiva de Leandro para garantir a ordem pública.
“De antemão, reforço que, em consonância com a decisão que converteu a prisão em flagrante em preventiva, bem como da que a manteve, é permanente a consideração acerca da gravidade in concreto do delito (com motivação aparentemente fútil, em razão de suposta discussão anterior com a vítima) e do modus operandi supostamente empregado (com suposto recurso que dificultou a defesa da vítima, pela multiplicidade de golpes de faca, bem como pelo fato do corpo da vítima ter sido, em tese, descartado dentro de uma geladeira, em terreno baldio), demonstrando-se grave violação à ordem pública, não havendo, até então, qualquer fato superveniente capaz de modificar o contexto já exposto nas decisões, assim como a situação de perigo gerado com a liberdade do réu”, justificou.
Leandro e sua namorada, uma adolescente de 13 anos e filha de Flávia, participaram do assassinato e da ocultação do corpo da vítima. Após a morte da mulher, o casal escondeu o corpo dentro de uma geladeira, que mais tarde foi descartada em uma área de mata. O pai de Leandro também esteve envolvido na ocultação do cadáver, mas não participou do homicídio.
O motivo do crime foi a desaprovação de Flávia em relação ao relacionamento da filha com Leandro. Segundo as investigações, o casal pretendia viver junto e já estava em processo de montar um lar no bairro Benedito Bentes, quando uma discussão resultou na morte de Flávia.
O casal chegou a contratar um transportador de frete para levar móveis para a nova residência e, posteriormente, para descartar a geladeira. O transportador notou que o móvel estava lacrado com fita adesiva, o que despertou sua suspeita e o levou a acionar a polícia, revelando assim o paradeiro do corpo.
Durante o depoimento, a filha da vítima relatou que, após a mãe ser atingida na cabeça e esfaqueada pelo namorado, ambos limparam o sangue e foram descansar na casa que planejavam dividir.