Inspeção naval na mina 18: Autoridades se mobilizam em meio à ameaça de colapso em Maceió

Durante a operação, as equipes percorreram as proximidades do local por meio de botes aquáticos na Lagoa Mundaú, proporcionando uma visão detalhada da situação.

Inspeção no Mutange, em Maceió | © Reprodução

Inspeção no Mutange, em Maceió | © Reprodução

O BR104 acompanhou de perto, nesta sexta-feira (1º), uma inspeção crucial realizada pela Marinha do Brasil, em conjunto com equipes da prefeitura de Maceió e do estado, na Mina 18 da Braskem, que enfrenta o sério risco de colapso no bairro do Mutange, na capital alagoana.

Durante a operação, as equipes percorreram as proximidades do local por meio de botes aquáticos na Lagoa Mundaú, proporcionando uma visão detalhada da situação.

O prefeito JHC, concedeu uma coletiva à imprensa, informando que havia sobrevoado o local e observado a instalação de boias ao redor da área para evitar a aproximação de embarcações, minimizando riscos adicionais.

“Mobilizamos todas as forças para que, por meio de um plano de ação e mitigação, possamos dar uma resposta mais rápida. Não conseguimos controlar o evento em si, mas podemos acompanhá-lo, monitorá-lo, e temos um perímetro de abrangência com todos os equipamentos necessários”, destacou o prefeito.

O deputado Fábio Costa, presente na inspeção, expressou sua preocupação, chamando a situação de “um momento talvez mais delicado da história de Maceió, uma verdadeira tragédia que está ocorrendo aqui”. Ele enfatizou a importância de responsabilizar criminalmente todos os envolvidos.

Ministério Público:

O Ministério Público do Trabalho em Alagoas (MPT/AL) estabeleceu um prazo de cinco dias para a Braskem apresentar planos de gerenciamento de risco, monitoramento, emergência e evacuação na área ameaçada pelo colapso da Mina 18. O prazo, que se encerra na próxima quarta-feira (6), foi determinado em audiência realizada na última sexta-feira (1º).

Apesar de um novo monitoramento técnico indicar uma redução na velocidade média de afundamento, as imagens detalhadas obtidas revelam as rachaduras na mina e o avanço da Lagoa Mundaú, acrescentando urgência às ações em curso.

O risco de afundamento já levou a cidade a declarar estado de emergência por 180 dias, com o reconhecimento do Governo Federal através do ministro Waldez Góes. O documento oficial será publicado em breve no Diário Oficial da União.