Maceió

Festival coloca Maceió no círculo dos grandes eventos nacionais

Três dias de evento, quatro palcos temáticos e setenta e duas apresentações oxigenaram o histórico bairro do Jaraguá, com arte, cultura e geração de renda.

Publicado: | Atualizado em 25/04/2022 14:03


Festival cultural em Maceió | © Assessoria
Festival cultural em Maceió | © Assessoria

O histórico bairro do Jaraguá foi cenário de um dos maiores festivais de música já registrados em Maceió. O Abril Pra Cultura levou ao palco 72 artistas locais e gerou renda para centenas de pessoas. O evento aconteceu entre os dias 22 e 24 de abril e simbolizou a abertura dos eventos que coloca Maceió no circuito dos grandes festivais nacionais.

Foram quatro palcos temáticos. A Rua Sá & Albuquerque e recebeu o cortejo dos guerreiros, pastoris, cocos de roda, taieiras e bumba meu boi; na Praça Dois Leões se apresentaram as bandas de frevo e axé; o beco da Associação Comercial concentrou os sambas e os maracatus; na Praça Marcílio Dias aconteciam os shows de rock, reggae e MPB; no coreto do Jaraguá, em frente à praia, a festa era por conta do forró pé de serra e no domingo a Marcílio Dias foi totalmente dedicada a programação infantil.

Entre os artistas que subiram no palco está a Cris Braun, cantora e compositora, radicada em Maceió e com uma carreira consolidada em nível nacional. Para ela, tocar no festival gerou uma experiência afetuosa.

Evento em Maceió | © Assessoria

Evento em Maceió | © Assessoria

– A coisa mais bacana de tocar neste cenário – que embalou minha infância e adolescência – é a troca. Conhecer nossos artistas novos, ver a cena crescer, se profissionalizar e se fortalecer. O que deve ser feito é exatamente isso: proporcionar e levar as ruas e aos palcos essa diversidade criativa local, como foi feito neste festival bacana. Fiquei imensamente feliz de tocar na sexta e vi muita gente que estava lá para conhecer a Cris Braun – comenta a cantora.

O presidente da Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC), João Hugo Lyra, afirma que o Abril para Cultura gerou um impactou positivo em diversos aspectos. Entre os méritos, ele destaca a geração de renda, que contemplou diversas formas de economia criativa.

– Não foi só festa. O festival movimentou também a economia. Além dos editais, que favoreceram diretamente os músicos, também estimulamos a geração de renda de diversas famílias, como os ambulantes e motoristas de aplicativo. Também fizemos uma parceria com uma das maiores indústrias cervejeiras da região. Tudo isso faz o nosso festival ser tão importante – salientou o presidente da FMAC.

Lininho Novais, secretário de Comunicação do município, garante que este é apenas o início de uma série de eventos que estão previstos para acontecer em Maceió. Ele assegura que todos os artistas da cidade terão vez para expor seus trabalhos e o público terá acesso a diversidade cultural que há na capital.

– Essa é a grande orientação do prefeito JHC. Então, esta é só a primeira de uma série de eventos que estamos programando para o calendário anual, fazendo assim, Maceió entrar nos grandes circuitos culturais. A determinação do nosso prefeito é garantir não só os grandes eventos, mas também potencializar ainda mais a geração de emprego e renda – assegurou o secretário.

Diversão para criança | © Assessoria

Diversão para criança | © Assessoria

Diversão para as crianças

A diversidade do festival também contemplou o público infantil. O último dia do evento foi dedicado às apresentações lúdicas, com músicos, palhaços e mágicos. “Foram apresentações bem legais, todas as crianças gostaram muito”, disse Guilherme Chagas, de 9 anos.

Voltamos com chave de ouro

Após dois anos de restrição, por conta da pandemia, os ambulantes comemoraram o retorno dos eventos públicos. Além do tradicional comércio de comidas e bebidas, o festival também movimentou a economia de bens culturais. Jailson Alvim levou uma banca de livros e discos e sentiu em casa diante da efervescência cultural que foi estabelecida no bairro do Jaraguá.

– Eu acho excelente as oportunidades como essas para poder expor nossos materiais. Depois de dois anos sem esses eventos, estamos voltando com chave de ouro. A procura por livros e discos está bem legal e espero que a gestão municipal continue assim, promovendo esses eventos – diz o empresário de bens culturais.

O festival da capital alagoana permitiu que os artistas pudessem expressar suas opiniões livremente. Entre o público que concorda com essa postura está Jeamerson Santos. Para ele, o artista é um agente público que não pode ficar isento diante das questões sociais que atravessam o país.

– O artista precisa ser livre para desenvolver seu processo criativo que perpassa por sua sensibilidade diante das questões sociais que circundam o país. A realização de um festival nessa proporção, só reafirma o potencial artístico desta cidade, conhecida historicamente por sua diversidade e pluralidade cultural. Por isso, é valoroso respeitar a liberdade do artista – comenta o maceioense.

Nenhuma ocorrência foi registrada pela Guarda Municipal de Maceió. E o que o público comenta é que o festival Abril Pra Cultura ‘abril com chave de ouro’ as portas dos eventos públicos municipais.

– Esses eventos fazem bem a alma, pois arte é primordial em tudo na nossa vida. Essa festa era tudo que estávamos precisando, depois de dois anos de pandemia. A arte é vida e o prefeito está de parabéns – falam sorridente o casal Silvia Guedes e Petrucio Lopes, moradores do Jaraguá.

*Assessoria

Comentários


    Entre para nossos grupos

    Telegram
    Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
    WhatsApp
    Entre e receba as notícias do dia
    Entrar no Grupo


 
 
 
Especiais

Especial
Livro ensina técnica de leitura usada por Sherlock Holmes para expandir a memória

Aprenda a Melhorar sua Memória, Lendo até 10 Vezes Mais Rápido e Retendo Até 100% do Conteúdo


veja também

JHC, prefeito de Maceió | © reprodução
Maceió
Às vésperas da eleição, JHC quer empréstimo de R$ 400 milhões

A proposta foi entregue na Câmara Municipal com um pedido de tramitação em regime de urgência.



Laura Lima relatou o ocorrido em seu perfil no Instagram | @ Reprodução
Maceió
Mãe de autista diz que filho foi impedido de brincar com o pai em espaço de brinquedos de shopping

Segundo Laura Lima, uma funcionária não entendeu a necessidade do seu filho de brincar com o pai para conseguir socializar e se divertir.



Cemitério Nossa Senhora da Piedade, no bairro do Prado — © Ascom Sudes
Maceió
Sem vagas em cemitério, Maceió tem 120 corpos acumulados no IML

Segundo a promotora de Justiça, Karla Padilha, a imensa maioria dos corpos são de indigentes