Pescadores denunciaram, na manhã desta segunda-feira (11), que sururus e outros animais que habitam a área morreram em uma quantidade significativa, inviabilizando a pesca na região. Eles afirmam que o desastre está diretamente ligado às atividades da Braskem.
Segundo relatos dos pescadores, o sustento de diversas famílias que dependem da comercialização de sururu foi drasticamente afetado, uma vez que o molusco começou a perecer nas águas da lagoa.
Waldemar Waldomiro, conhecido como seu Dida, um dos pescadores locais, expressou sua indignação: “Acabei de chegar da lagoa. Eles querem crescer, um morre, o outro fica por cima, insistindo, e não tem condições de sobreviver. A gente está vendo que esse sururu não foi morto por causa de molusco que veio da África, mas por causa da Braskem.”
As denúncias dos pescadores apontam para a responsabilidade da Braskem no desastre ambiental, sugerindo que os resíduos tóxicos provenientes das atividades da empresa podem estar contaminando as águas da região. As autoridades ambientais locais devem realizar investigações para determinar a extensão dos danos causados e responsabilizar os culpados.
Reunião com o Governo de Alagoas:
Na manhã desta segunda-feira, o governador Paulo Dantas reuniu-se com prefeitos, secretários e representantes da defesa civil nas esferas nacional, estadual e municipal. Durante o encontro, foram discutidas medidas a serem implementadas nas regiões afetadas pelo desastre ambiental causado pela mineradora Braskem.
O que chamou a atenção foi a proposta de desapropriação da região, com o objetivo de construir um parque semelhante ao do Ibirapuera, no estado de São Paulo, como uma iniciativa de revitalização da área.